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Diretor da APROBIO defende exportação de diesel mineral

Quando o país for auto suficiente no combustível, o executivo propõe sua venda externa, enquanto o mercado local fica com a mistura dele com biodiesel


Publicado em: 01/11/2012 às 14:20hs

Diretor da APROBIO defende exportação de diesel mineral

O diretor executivo da APROBIO, Julio Minelli, disse hoje que se os aumentos da mistura de biodiesel no diesel fóssil esperados para os próximos anos coincidirem com a entrada em operação de refinarias de diesel da Petrobras e o país ficar com excesso do combustível fóssil, que ele seja exportado, deixando o misturado com o combustível verde abastecendo o mercado interno.

“Vamos melhorando, assim, a qualidade do ar que respiramos nas grandes cidades do país”, disse o dirigente, que não descarta a possibilidade de, confirmando-se este cenário, exportar também diesel misturado com biodiesel. “Não há porque reduzirmos a poluição no Brasil exportando-a para outros países”, acrescentou Minelli.

Ele fez palestra no VIIº Congresso Internacional de Bioenergia, em São Paulo, onde abordou as perspectivas do biodiesel na matriz energética brasileira. Julio mostrou parte do estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE/USP) sobre os impactos da produção de biodiesel na economia brasileira, feito por encomenda da APROBIO.

Segundo o levantamento, só no ano passado a economia de divisas na importação de diesel mineral chegou a R$ 4,1 bilhões, graças à produção de biodiesel, que agregou ao Produto Interno Bruto, no mesmo período, R$ 7,1 bilhões. O diretor da APROBIO enfocou, também, o Plano Decenal de Expansão de Energia da Empresa de Planejamento Energético (EPE).

Mesmo que tenha representado R$ 4 bilhões em investimentos, empregado 86 mil pessoas, beneficiado 104 mil famílias de pequenos agricultores, reduzido as emissões de gás carbônico em 11 milhões de toneladas, e faturado no ano passado R$ 6 bilhões, quando os 2,67 bilhões de litros representaram 13% da produção mundial, o biodiesel consta nas estatísticas da EPE no item “Outras (fontes) renováveis”.

Em 2012, elas somaram 4,3% da matriz energética e, na projeção do governo, podem chegar a 5,2% em 2021. “Seria como dizer que o biodiesel, embora seja uma realidade, não estivesse entre as fontes de energia do país”, afirmou o diretor da APROBIO. Pelos cálculos da Associação, com sete anos de operação, o segmento do biodiesel representa 0,7% da matriz.

Fonte: APROBIO ? Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil

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