Gestão

Dejetos sanitários em áreas de reforma agrária

Multiplicadores trabalham com tecnologias para melhorar a contaminação ambiental


Publicado em: 16/11/2012 às 08:50hs

Dejetos sanitários em áreas de reforma agrária

Profissionais de assistência técnica da Emater, Coptec, cooperativas e prefeituras participaram, nos dias 06 e 07/11, do curso Saneamento Básico na Área Rural, promovido pelo ConFIE, no Centro de Educação Popular e Pesquisa em Agroecologia (Ceppa), localizado no assentamento Roça Nova, em Candiota/RS. O objetivo foi tornar os técnicos de Ates multiplicadores na instalação de equipamentos capazes de tratar dejetos sanitários domésticos em áreas da reforma agrária.

O evento apresentou basicamente duas alternativas adaptadas à realidade dos assentamentos. A primeira é a fossa séptica biodigestora (foto), desenvolvida pela Embrapa Instrumentação, de São Carlos/SP; e a outra são os sistemas modulares de gestão de águas residuais domiciliares, idealizados por um técnico da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR/RS). Na oportunidade, o curso teve uma parte prática com a instalação do modelo criado pela Embrapa no próprio Ceppa. Além desta unidade demonstrativa, outras duas foram adquiridas pelo ConFIE para beneficiar outros assentamentos nos municípios de Aceguá e Hulha Negra.

Uma das vantagens deste tipo de iniciativa enumeradas pelo coordenador substituto do ConFIE e analista da Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS), engenheiro agrônomo Rafael Gastal Porto, é a transformação de um potencial problema das comunidades rurais, a contaminação ambiental por dejetos domésticos, em elemento fortalecedor da produção. “No meio rural, ainda são comuns as fossas não tratadas próximas e muitas vezes elas se localizam perto de fontes de abastecimento e até rios. Com a biodigestão, uma parte dos dejetos das residências pode até ser revertida em fertilizante, após passar pelo sistema de purificação”, explica.

O chefe do Setor de Meio Ambiente do Incra/RS, Paulo Heeedt Júnior, destaca que outra conseqüência positiva do curso é a elaboração de uma carta de intenções pelos presentes. A partir deste documento, as entidades participantes pretendem levar à construção unidades de tratamento das águas, já utilizadas ao máximo de residências, especialmente em assentados da reforma agrária.

Fonte: Embrapa Clima Temperado

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