Publicado em: 12/02/2025 às 19:00hs
A elevação nos custos de produção tem levado muitos produtores rurais a buscar alternativas para reduzir despesas. Contudo, cortar investimentos essenciais, como defensivos, fertilizantes e outros insumos, pode prejudicar a produtividade da lavoura e afetar sua viabilidade econômica.
João Tomás, gerente de marketing regional da Ihara, explica que, embora os preços de defensivos, fertilizantes e sementes tenham apresentado queda em relação às últimas safras, outros custos, como mão de obra, diesel e crédito, sofreram aumentos consideráveis.
Com a pressão sobre o orçamento, alguns produtores estão optando por reduzir os gastos com insumos, incluindo a aplicação de inseticidas, fungicidas e fertilizantes. No entanto, essa abordagem pode ter efeitos adversos na produção. Tomás alerta que a produtividade deve ser priorizada para assegurar a rentabilidade da lavoura.
“Muitas vezes, o produtor busca economizar onde não deveria. Ao cortar defensivos ou negligenciar o controle de pragas, doenças e plantas daninhas, ele pode acabar perdendo mais do que o valor economizado inicialmente”, destaca.
O especialista enfatiza que o uso de produtos com ação rápida e residual é essencial para um controle eficaz das pragas e doenças. Ele cita o exemplo do percevejo, uma praga comum na soja, que pode causar sérios danos se não for combatida de maneira eficiente.
“Se um inseticida demora três dias para agir, durante esse tempo a praga continua atacando a lavoura, colocando ovos, o que resulta em uma nova infestação", explica Tomás.
Diante da alta nos custos, ele reforça que o foco do produtor deve ser manter a produtividade. Investir em tecnologias de manejo e no controle de pragas é uma estratégia fundamental para garantir uma safra produtiva e rentável.
"No final, o que realmente importa é o retorno financeiro, que só será alcançado com boa produtividade. Reduzir custos de forma errada pode parecer vantajoso no curto prazo, mas comprometerá a rentabilidade da lavoura ao final da safra", conclui Tomás.
Fonte: Portal do Agronegócio
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