Publicado em: 06/09/2012 às 18:30hs
Durante a manhã, no campo experimental da Pioneer, os produtores mato-grossenses conheceram o que há de mais moderno em tecnologia de sementes. Uma nova variedade de soja chamou a atenção, pois tem maior teor de óleo. Segundo os pesquisadores, a engenharia genética foi fundamental para se chegar a esta variedade, que não contém gordura trans e é mais parecido com o óleo de oliva. A empresa garante que o óleo desta variedade demora mais para ficar rançoso e, consequentemente, os produtos feitos com ele tem maior durabilidade.
A expectativa é que os produtores que plantarem esta variedade ganhem um prêmio sobre o preço da soja. Os pesquisadores disseram também que, há alguns anos, as pesquisas chegaram ao teor de óleo que queriam, mas não havia a produtividade desejada. Agora, com os marcadores moleculares, é possível ter a produtividade da soja convencional. Como é uma variedade transgênica, ainda está sendo plantada em pequena escala, pois não atinge o mercado europeu.
Complementando o programa de conhecimento, a comitiva assistiu a uma palestra sobre nematoide de cisto na Universidade de Iowa, com um dos maiores especialistas no assunto, o nematologista Greg Tylka. Ele explicou o ciclo do nematóide de cisto e o manejo adotado pelos produtores norte-americanos, que são bem específicos da região, como a rotação de cultura e o controle químico.
“Porém, a grande procura deles é por variedades resistentes à nematóides de cisto, pois o controle químico não é 100% eficiente”, explicou a gerente da comissão de Gestão da Produção da Aprosoja, Franciele Dal`Maso. Ela ressaltou a importância do programa usado pelos produtores do estado de Iowa, que mapeia os locais onde há incidência da doença e os dados ficam disponíveis online.
Na sequencia, a visita foi à cooperativa West Central, fundada em 1933 e que atualmente tem 3.500 associados. O coordenador do “Intercâmbio da Soja”, Ricardo Arioli, acredita que o cooperativismo é uma ferramenta interessante para os produtores rurais, pois aumenta a capacidade de compra e venda de produtos. “A cooperativa que conhecemos aqui está bem à frente do que temos no Brasil, pois industrializa parte da produção que compra dos agricultores associados e encontrou um nicho de mercado com produtos diferenciados”, disse. Além disso, há muito investimento em logística. “São sócios de uma empresa que distribui adubos e isso barateia bastante o custo para os associados”, disse.
O delegado da Aprosoja em Tangará da Serra, Clóvis Félix, ficou surpreendido com a organização e a estrutura da cooperativa. “Aqui há uma estrutura completa não só de armazenagem, mas também de comercialização das commodities e de produtores diferenciados para atender todos os clientes da cadeia produtiva, como a indústria do biodiesel, os criadores de animais e empresas de alimentação humana”, afirmou. Clóvis ressaltou ainda a posição estratégica dos armazéns, sempre ao lado de ferrovias. “Assim, a cooperativa se torna uma empresa que concorre com as grandes tradings do país”, finalizou.
Fonte: Assessoria de Comunicação Aprosoja
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