A cerimônia de posse foi realizada na sede da Embrapa Agrossilvipastoril e contou com a participação de representantes das entidades que compõem o Conselho, prefeitos, vereadores e representantes de municípios da região Norte do estado.

O Conselho Gestor, que tem mandato de três anos, é formado por 33 representantes da Embrapa Agrossilvipastoril, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Prefeitura de Sinop e Conselho de Desenvolvimento do Norte de Mato Gross (Codenorte). A entidade é composta por três conselhos: Fiscal; de Pesquisa; e de Comunicação e Transferência de Tecnologia.

O Fórum de Sustentabilidade de Mato Grosso foi criado em 2012, como forma de inserir o estado nas discussões da Rio+20. Iniciado por meio de um grande evento, onde foi elaborada a Carta de Sinop, o Fórum tornou-se uma ação permanente, que visa promover a discussão sobre sustentabilidade nos municípios mato-grossenses e assessorá-los na condução de projetos e atividades visando a sustentabilidade.

“A ideia é fazer um assessoria técnica-intelectual pelos membros do Fórum e das instituições que o compõem. É trazer o conhecimento destas instituições para o desenvolvimento dos projetos”, explica o presidente do Conselho Gestor e pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril, Renato Rodrigues.

Durante o evento que marcou a posse do Conselho Gestor, o diretor do Departamento de Mudanças Climáticas, da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Adriano Santhiago de Oliveira, fez uma apresentação em que contextualizou a atuação do governo brasileiro perante as discussões mundiais sobre mudança do clima e mostrou exemplos de fontes de recursos para que os municípios possam submeter projetos visando a sustentabilidade.

Segundo Adriano, em 2012 o Ministério do Meio Ambiente financiou quase R$ 30 milhões em projetos na área de sustentabilidade a fundo perdido. Além disso, quase R$ 1 bilhão está disponível para financiamentos pelo BNDES.

“O Fórum pode ser um instrumento importante para catalisar as iniciativas que estão germinando nos municípios e que precisam de um impulso. Será uma ponte interessante para poder apresentar projetos, não só para o Fundo Nacional de Mudança do Clima, mas no próprio Fundo Nacional do Meio Ambiente e no Fundo Amazônia”, analisa Adriano Santhiago.

Atividades práticas

Nesta quarta-feira, o Fórum de Sustentabilidade de Mato Grosso continua suas ações com atividades práticas direcionadas para técnicos de 49 prefeituras da região Norte do estado. Durante a manhã foram realizados dois mini-cursos sobre Cidades Sustentáveis e Empreendedorismo Sustentável, ministrados pelo secretário executivo da Rede Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis, Maurício Broinizi Pereira, e pela diretora da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae em Mato Grosso, Zaira de Melo Pereira, respectivamente.

Durante a tarde, o professor da UFMT, Ricardo Carvalho conduzirá uma oficina sobre elaboração de projetos.

“A ideia é sair daqui com pelo menos um primeiro esboço de projeto elaborado pelos municípios, que será internalizado posteriormente, trabalhado pelos Comitês Municipais e submetido às fontes de fomento”, explica o presidente do Conselho Gestor, Renato Rodrigues.

Neste processo, os Comitês Municipais ou regionais terão papel fundamental, uma vez que cabe a eles levantar as demandas do município ou da região e acompanhar a elaboração e execução dos projetos. Os Comitês também serão os responsáveis pela escolha das entidades que irão compor o Conselho Gestor nos próximos mandatos.

Segundo o presidente do Conselho Gestor, a expectativa é que os municípios formem seus Comitês nos próximos três meses, para que os mandatos sejam coincidentes e que as atividades possam caminhar juntas. Renato Rodrigues ainda ressalta a expectativa em relação ao município de Sinop, que já está mais envolvido com o Fórum.

“A expectativa é que tenhamos um primeiro projeto de Sinop, e isso possa servir de exemplo para os demais municípios participantes para que eles se animem, formem seus Comitês Municipais e elaborem seus projetos”, afirma.