Publicado em: 20/09/2013 às 18:00hs
LEILÕES DE OPÇÕES — A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou, nesta sexta-feira, 20 de setembro, o segundo leilão de contratos de opção de venda de café. O pregão negociou 8.615 títulos (861,5 mil sacas) o que corresponde a 86,2% do total de 10 mil títulos ofertados.
Os 7.000 lotes (700 mil sacas) de Minas Gerais tiveram arremate total, registrando ágio de 13,7% sobre o preço de abertura. O prêmio fechou em R$ 1,95 por saca. Todas as 140 mil sacas (1.400 contratos) de São Paulo também foram arrematadas, havendo ágio de 0,4% sobre o valor de abertura, o que deixou o prêmio em R$ 1,722/saca.
Em relação aos 700 contratos (70 mil sacas) do Espírito Santo, houve demanda por apenas 75 (10,7%), ao preço de abertura de R$ 1,715/saca. Da Bahia, dos 400 contratos ofertados, apenas 30 (7,5%) foram arrematados, sem ágio, e, dos 500 contratos ofertados no Paraná, 110 (22%) foram arrematados, também sem ágio.
Próximo leilão — Conforme anunciado pelo ministro da Agricultura, Antônio Andrade, no começo da semana passada, o terceiro leilão de opções de venda para café será realizado no dia 27 deste mês, também com oferta de 10 mil contratos (1 milhão de sacas). Com o objetivo de fazer uma análise do impacto dos leilões sobre o mercado, o Conselho Nacional do Café (CNC) se reunirá na primeira semana de outubro. Como já antecipado, qualquer medida que se fizer necessária contará com o apoio da área governamental.
MERCADO — A semana foi marcada por queda nas cotações internacionais das variedades arábica e robusta e pela desvalorização do dólar ante o real. Na Bolsa de Nova York, o vencimento dezembro do contrato C perdeu 420 pontos até a quinta-feira, quando foi cotado a US$ 1,1580 por libra-peso. A expectativa de chuvas favoráveis ao desenvolvimento dos cafezais brasileiros e a divulgação do maior nível de estoque de café verde nos Estados Unidos, desde julho de 2009, pela Green Coffee Association, foram os principais motivos da depreciação das cotações do café arábica.
Na Bolsa de Londres, o contrato 209 com vencimento em novembro apresentou perdas de US$ 60 até o fechamento da quinta feira, que foi de US$ 1.687 por tonelada. Já se observa um início das operações de colheita da temporada 2013/14 do Vietnã, mas o grande volume da safra deve estar disponível em dezembro. No entanto, os investidores já antecipam uma maior oferta dos grãos vietnamitas, aumentando o número de posições vendidas no vencimento novembro do contrato 209, o que justifica os sucessivos recuos das cotações.
O declínio dos preços internacionais refletiu na desvalorização dos indicadores de café arábica e conilon do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada. Segundo o Cepea, na quarta-feira o indicador do arábica atingiu R$ 268,17 por saca de 60 kg, o menor patamar desde 13 de novembro de 2009. O indicador do conilon apresentou queda de 1,45% na semana, encerrando a quinta-feira a R$ 233,86/saca. A desvalorização do dólar ante o real potencializou a internalização das perdas dos preços internacionais.
Na quarta feira, o Banco Central dos Estados Unidos (FED, em inglês) decidiu manter a injeção dos US$ 85 bilhões mensais para incentivar a economia norte-americana, resultando no enfraquecimento do dólar no mundo. No mesmo dia, a moeda atingiu o menor fechamento no Brasil desde 26 de junho de 2013, a R$ 2,1942. Até o encerramento da quinta-feira, a desvalorização acumulada do dólar ante o real foi de 3,5%.
Fonte: Assessoria de comunicação - CNC
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