“Infelizmente encontramos durante a fiscalização um número maior de soja guaxa nas propriedades que não foram destruídas após a notificação, primeira ação do Indea ao encontrar planta viva de soja durante o Vazio Sanitário”, explica o coordenador de Defesa Sanitária Vegetal do órgão, Ronaldo Medeiros.

Durante o período do Vazio Sanitário, que proíbe por 90 dias – de 15 de junho a 15 de setembro – o cultivo de soja durante a entressafra como forma de eliminar a chamada “ponte verde”, que mantém vivos de uma safra para outra os fungos da doença, o Phakopsora pachyrhizi, o Indea percorreu o Estado e fiscalizou 2.818 propriedades. Ao constatar a existência de soja guaxa em áreas sob o domínio do produtor, emitiu 308 notificações determinando a imediata destruição. Ao retornar e observar a existência das mesmas guaxas, então houve a autuação e que neste ano somou 41. No ano passado, foram fiscalizadas 2.800 propriedades, emitidas 320 notificações e 32 autuações. “Esse volume de guaxa dentro das propriedades assusta e por isso o Indea/MT sabe que terá de intensificar as fiscalizações durante o Vazio do próximo ano”, anuncia Medeiros.

O gerente técnico da Aprosoja/MT lembra que nas duas últimas safras o clima favoreceu o surgimento mais tardio da doença e talvez isso tenha deixado o produtor mais acomodado em relação à gravidade dela. “Outro fator é que o clima, com chuvas estendidas até junho, contribuíram para a manutenção da viabilidade dos fungos. Tudo favoreceu esse cenário que agora tememos”.