Publicado em: 18/03/2013 às 11:00hs
A declaração acima é do diretor executivo do site Observador Político, Xico Graziano, deu o tom do lançamento da Academia de Empreendedorismo Rural (AERMS) na manhã desta sexta-feira (15), na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do MS (Sistema Famasul).
A AERMS é um fórum de análises estratégicas criado para desenvolver, capacitar e aperfeiçoar lideranças do agronegócio de Mato Grosso do Sul. Inicialmente vai desenvolver quatro projetos voltados para a formação e fortalecimento de lideranças, intercâmbios e educação infanto-juvenil.
Segundo Graziano, a iniciativa fornece bases para as mudanças essenciais do agronegócio brasileiro, ainda caracterizado pela cultura individualista e pela falta do entendimento do conceito de empreender. “Com o consumidor mais exigente, a disponibilidade tecnológias e a velocidade da comunicação, quem opera no campo precisa de atualização”, enfatizou
Graziano também ressaltou a importância da modificação da imagem que o campo passa à opinião pública. “O setor ainda não aprendeu a comunicar-se adequadamente com a sociedade, principalmente com a ascensão das mídias sociais”, provocou. Durante a abertura do evento, o coordenador do projeto Líder MS II, professor Fernado Curi Peres, mostrou as fases históricas do setor e ressaltou a importância da AERMS no conceito regional. “A academia é atual e visionária ao optar por desenvolver capital humano e social, trabalhando crianças e jovens, mas principalmente, convocando lideranças”, enfatiza Peres.
Para o presidente do Sistema Famasul, Eduardo Riedel, com a criação da Academia, no futuro trabalharemos com pessoas que entendem de agronegócio de uma forma mais concreta e ampla. Riedel salientou a importância do projeto Agrinho e o de intercâmbio na formação do público infanto juvenil.
Renovação - Também palestrante do evento, o ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Luiz Hafers, enfatizou o real papel do jovem produtor no desenvolvimento do agronegócio brasileiro. Após comparar técnicas desenvolvidas na agricultura entre os países da América Latina, Hafers destacou que não desconsidera o trabalho dos antigos, mas que o jovem é responsável pela ruptura da zona de conforto do setor e o classificou como o principal disseminador de informações. “Não basta conjugarmos o verbo ter, temos de saber. E ter conhecimento para defender a categoria é uma das características dos jovens que estão antenados com as mudanças que ocorrem cotidianamente”, destacou Hafers.
O engenheiro agrônomo Xico Graziano vê o atual momento do agronegócio brasileiro muito animado devido a conjuntura de preços internacionais favoráveis, principalmente dos grãos. Mas também vê um lado angustiado, porque o Brasil não tem investido na infraestrutura de apoio à riqueza gerada pelo campo.
Fonte: Painel Florestal
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