O órgão se reúne periodicamente e discute, entre outros assuntos, o crescimento sustentável do setor; a necessidade de fortalecer os programas da Embrapa para melhoramento genético; e a importância de prover recursos para que a instituição consiga desenvolver pesquisas em um horizonte de longo prazo, uma vez que a palma é uma cultura permanente.

Outro tema em discussão na Câmara Setorial são formas de trabalhar, em conjunto com os órgãos responsáveis em nível federal e estadual, em prol da regularização de terras que mostram aptidão ao desenvolvimento da cultura, principalmente nos estados da Amazônia Legal, onde as condições de solo e clima são adequadas ao plantio. Importante ressaltar que o Zoneamento Agroecológico da Palma de Óleo (Decreto nº 7.172 / 2010) prevê a utilização de áreas degradadas para o plantio. Apenas no Pará, foram classificados como preferenciais 1,7 milhão de hectares, os quais já estão recebendo investimentos.

A Câmara Setorial, da qual participam a ABIOVE, empresas produtoras de óleo de palma, entidades representativas de indústrias produtoras, consumidoras e fornecedoras de insumos, representantes da Embrapa e da Emater e de órgãos dos governos estadual e federal, está trabalhando para ajudar o pequeno produtor a participar do programa, que prevê linhas de financiamento diferenciado. Registre-se que uma das dificuldades do programa da palma são os trâmites burocráticos relativos a questões fitossanitárias e que, neste caso, a Câmara Setorial está dialogando com o governo a fim de encontrar formas para agilizar a importação, atendendo a requisitos de segurança.

Dessa forma, a ABIOVE contribui para fortalecer o programa setorial da palma, que foi criado sobre bases da sustentabilidade socioambiental. Esse programa está sendo estruturado levando em consideração o papel importante da palma na produção de alimentos e a sua relevância na diversificação dos óleos vegetais, um dos objetivos do programa de biodiesel brasileiro.