Publicado em: 25/09/2013 às 12:10hs
A ABCZ esclarece que, ao contrário do que foi divulgado por terceiros, o uso de receptoras zebuínas não foi uma “restrição imposta” pela entidade e, sim, uma proposição que foi levada à discussão em reunião do Conselho Deliberativo Técnico – órgão máximo de deliberação das raças zebuínas no Brasil – realizada em 07 e 08 de outubro de 2009 e, posteriormente, aprovada pelo Conselho e homologada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Também é importante ressaltar que a medida sugerida àquela época não “caiu”, conforme divulgado por outras fontes, mas sim, foi modificada, sempre no sentido de incentivar o uso de receptoras zebuínas. Isso é relevante porque notícias com conteúdos enviesados podem, ao invés de cumprir o papel essencial de esclarecer os criadores, levar a um desentendimento ainda maior da situação.
A proposta foi encaminhada ao Conselho Deliberativo Técnico por vislumbrar um cenário bastante positivo para a pecuária brasileira em geral e as raças zebuínas (presentes em aproximadamente 80% do rebanho nacional), que além de já possuírem características fundamentais para desempenharem muito bem o papel de receptoras, como habilidade materna, longevidade e rusticidade, podem ter estas importantes características aprimoradas a partir do seu uso como receptoras.
Apesar da recente mudança aprovada pelo Conselho Deliberativo Técnico e homologada pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) de não tornar obrigatório o uso de receptoras com genética zebuína em processos de FIV e TE a partir de 2014, a ABCZ continuará desenvolvendo ações para incentivar o uso de receptoras zebuínas.
Mesmo não sendo o uso obrigatório, a nova proposta aprovada pelo Conselho Deliberativo Técnico RECOMENDA o uso de receptoras com genética zebuína nos processos de TE e FIV para as raças Brahman, Cangaian, Indubrasil, Nelore e Sindi, devendo ser usadas uma das seguintes categorias:
- Fêmeas PO, portadoras de RGN de qualquer raça zebuína;
- Fêmeas LA, com RGD de fundação ou RGN nesta categoria, de qualquer raça zebuína;
- Fêmeas da categoria CCG, que tenham 100% (cem por cento) de genética zebuína;
- Fêmeas com 100% de genética zebuína, de uma mesma raça ou de raças diferentes, presumida pelo fenótipo, cadastradas até dezembro de 2015 no sistema da ABCZ, e que poderão ser utilizadas até o final de sua vida útil.
A partir de 01 de janeiro de 2014 e ate´ 31 de dezembro de 2015, todas as receptoras que na~o se enquadrarem nas categorias citadas acima, independentemente de sua composic¸a~o gene´tica, devera~o ser identificadas por um nu´mero u´nico no pai´s, atrave´s de um sistema desenvolvido pelo Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas (SRGRZ).
A identificac¸a~o fi´sica das receptoras não zebuínas podera´ ser realizada pelo pro´prio criador, central de biotecnologia de embrio~es ou outros parti´cipes do processo, desde que atendidas as condic¸o~es determinadas pelo sistema desenvolvido e disponibilizado pelo SRGRZ. Fica estabelecido o valor equivalente aos emolumentos de 1 (um) Registro Genealo´gico Definitivo de matrizes LA – Livro Aberto, para o cadastramento dessas matrizes receptoras no SRGRZ.
A partir de 01 de janeiro de 2016:
O valor do cadastro das matrizes na~o zebui´nas passara´ a ser o de 3 (tre^s) vezes os emolumentos correspondentes a 01 (um) Registro Genealo´gico Definitivo de matrizes LA – Livro Aberto, para o cadastramento dessas matrizes receptoras no SRGRZ.
Caso o criador opte, a partir de janeiro de 2014, por utilizar receptoras zebuínas o cadastramento das receptoras será feita pelo próprio técnico da ABCZ.
Procedimento de cadastramento de receptoras não zebuínas:
Caso o criador, opte pelo uso de receptoras não zebuínas, haverá a necessidade de seguir um procedimento de cadastramento das receptoras no site da ABCZ (através das Comunicações Eletrônicas ou através do Sistema de Biotecnologia). Veja a seguir como funcionará esse cadastramento:
1) O criador acessa o site das Comunicações Eletrônicas ou Sistema de Biotecnologias, através do site da ABCZ (www.abcz.org.br) e solicita uma cota para cadastro de receptoras. (Esta cota refere-se a um número ilimitado de matrizes).
2) Ao solicitar a cota, o sistema gera um boleto para pagamento do cadastramento das receptoras.
3) Após o pagamento do boleto, a cota solicitada estará automaticamente disponível no site da ABCZ juntamente com uma planilha de campo, que irá auxiliar o criador no momento de marcar os animais. O número indicado no sistema da ABCZ será o número que o criador irá utilizar para marcar a receptora.
4) Em seguida, no site da ABCZ, o criador fará o cadastramento especificando as características de cada receptora (composição racial, idade aproximada, número particular do animal).
5) Somente após este cadastro, é que as receptoras poderão ser utilizadas na Comunicação de Cobertura do Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas.
Fonte: Texto Comunicação Corporativa
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