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ABCS: 57 anos ao lado do suinocultor brasileiro

Fundada em 13 de novembro de 1955, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) foi instituída com o objetivo de defender os interesses econômicos e políticos dos criadores de suínos. A partir dela foi desenvolvido um intenso trabalho de melhoramento do rebanho suíno, transformando e substituindo o porco-banha, preferido até então, pelo porco carne


Publicado em: 14/11/2012 às 11:40hs

ABCS: 57 anos ao lado do suinocultor brasileiro

Nesse ano a entidade, que ao longo do tempo buscou ser referência máxima dos produtores de suínos do Brasil, completa 57 anos de uma rica história de promoção e desenvolvimento do carne suína e de toda a produção nacional, promovendo a união dos criadores por meio da valorização do seu produto, do melhoramento genético e sempre posicionando-se como fundamental força política, sempre em defesa dos criadores.

E são muitos os programas e iniciativas criados pela associação nesse período, tais como o Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS); Programa de Capacitação Total na Suinocultura (PCT); “Programa de Inovação e Tecnologia Produtiva na Suinocultura” (Suintec), desenvolvidos em parceria com o Sebrae Nacional, além do Curso de “Qualificação Profissional em Suinocultura”, realizado por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

Nos últimos anos, a entidade também fortificou seu elo com a Frente Parlamentar da Agropecuária e também com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o que possibilitou neste ano a criação da Frente Parlamentar Mista da Suinocultura, ampliando a voz dos suinocultores junto à Câmara dos Deputados e Senado Federal. Essa aproximação possibilitou a entidade ser atendida em suas reivindicações ao setor para amenizar a crise enfrentada pelos suinocultores por longos meses em 2012.

Com a missão de representar os interesses dos suinocultores brasileiros, lutar por condições de mercado justas, ampliar a participação da carne suína no mercado interno e zelar para que a produção e a comercialização reflitam os conceitos de responsabilidade social, de respeito ao meio ambiente e de bem-estar animal, a ABCS representa hoje mais de 50 mil suinocultores, somando mais de 1,6 milhão de matrizes tecnificadas.

A história da entidade teve início na metade da década de 50 e foi marcada por um significativo e intenso trabalho de melhoramento do rebanho, quando iniciou a transformação do porco tipo banha em tipo carne, através da introdução de raças puras já selecionadas para produzir menos gordura e mais carne.

O primeiro presidente da ABCS foi Reinaldo Afonso Augustin. É dele a ideia do convênio que acabou sendo assinado em 1958, entre a ABCS e o Ministério da Agricultura, por meio do qual a entidade passou a ser responsável pela operação do registro genealógico dos suínos. Uma base indispensável para o trabalho de melhoramento do plantel que estava apenas começando. É nessa época que os primeiros animais de alta linhagem começam a chegar dos Estados Unidos e da Argentina, da raça Duroc, depois começaram a importar as raças Landrace e Large White, provenientes da Europa.

A introdução da ração balanceada contribuiu decisivamente para mudar a estrutura do suíno produzido no Brasil. A idade do abate foi sendo reduzida sistematicamente, ao mesmo tempo em que registrava-se a melhoria na taxa de conversão e no ganho de peso. Empresas norte-americanas e européias chegaram ao país nos anos 70 oferecendo o melhor material genético disponível no mercado internacional. Junto com elas vieram melhorias nas técnicas de manejo, nas instalações e nos cuidados sanitários.

Passadas quase seis décadas, hoje o Brasil é um importante player na produção de carne suína para o mundo, alcançando o lugar de 4º maior produtor depois de China, União Europeia, e EUA, além de 4º maior exportador do produto, ficando atrás apenas dos EUA, União Europeia e Canadá.

Em 2011, ano abalado pela crise global financeira, o país produziu 3,5 milhões de toneladas de carne suína, e exportou mais de 520 mil toneladas, com receita de aproximadamente US$ 1,5 bilhões. No mercado interno, o Brasil também deu um grande salto, passando para 15kg no consumo per capita/ano, deixando para trás o longo período do estagnação.

Com foco no desenvolvimento do mercado interno, em busca de melhores condições para suinocultor brasileiro, a ABCS instituiu em 2009, o Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), que em 2011 após anos de estagnação em 13,0 kg per capita ano, conquistou o índice de 15,1 kg de consumo, absorvendo o crescimento da atividade que girou ao redor de 3,5%.

São essas as marcas do empenho e da dedicação da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos, que junto dos produtores e parceiros, fizeram e fazem do Brasil uma das maiores potência da pecuária mundial.

Galeria de Presidentes da ABCS

  • 1955/1958 - Reinaldo Affonso Augustin
  • 1959/1962 - Hélio Augustin
  • 1963/1964 - Luiz Carlos Pinheiro Machado
  • 1965/1982 - Hélio Miguel de Rose
  • 1982 - Ney Marques Moreira
  • 1983/1986 - Luiz Carlos Pinheiro Machado
  • 1987/1990 - Paulo Tramontini
  • 1991/1994 - João Luis Seimetz
  • 1995/1998 - Valdomiro Ferreira Júnior
  • 1999/2005 - José Adão Braun
  • 2005/2009 – Rubens Valentini
  • 2009/2011 – Irineu Wessler
  • 2011/2013 – Marcelo Lopes

Fonte: ABCS - Associação Brasileira dos Criadores de Suínos

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