Publicado em: 08/01/2025 às 14:10hs
Alexandre Baumgart: CEO da Agropecuária Baumgart
Por: Rodrigo Capella
A Fazenda Reunidas 3, pertencente a Agropecuária Baumgart e localizada em Rio Verde (GO), foi a vencedora da Região Centro-Oeste, na categoria Sequeiro, da última edição do Desafio Nacional de Máxima Produtividade, organizado pelo CESB, com uma produtividade de 119,03 sacas de soja por hectare.
Em entrevista exclusiva, Alexandre Baumgart, CEO da Agropecuária Baumgart, destaca que é preciso “fazer o básico bem feito e estar bem informado sobre tecnologia, sem excessos, pois o excesso atrapalha”.
Acompanhe os principais trechos:
É um reconhecimento que traz à luz toda a tecnologia utilizada hoje na soja, que dá ênfase às melhores práticas utilizadas para se produzir em todo o tipo de ambiente. O Desafio mostra o que é possível fazer e como podemos melhorar em termos de produtividade.
Fazer o básico bem feito, estar bem informado sobre tecnologia, sem excessos porque o excesso atrapalha. É importante também ter o solo adaptado para as melhores cultivares e usar o mínimo de defensivos, respeitando a cultivar. Uma planta feliz produz mais.
De que forma a tecnologia pode ser uma grande aliada do produtor, na busca da máxima produtividade? Favor citar exemplos.
Utilização da melhor cultivar, adaptada ao clima e ao solo. Tem também os inoculantes, a nanotecnologia e os foliares. A aplicação do inoculante depende de vários fatores, como, por exemplo, do regime hídrico e das necessidades da planta. A nanotecnologia facilita a entrada na planta e os foliares ajudam em algumas funções. Quanto menos herbicida usar, melhor, pois a planta reage ao herbicida. Elas são resistentes, mas não são imunes. Por isso, acabam sofrendo com a ação de ter que sintetizar o material aplicado para depois produzir. Outro ponto interessante é o monitoramento por meio de drones.
Quanto menos defensivos você usar, mais alinhado ao ESG você estará. As partículas químicas podem comprometer o desempenho, tanto da parte folear, quanto do solo. Eu acredito que é preciso promover uma sinergia entre fungo e bactéria no solo. Isso é importante para fazer a fixação de elementos químicos necessários para a soja e também porque eles são sinérgicos. Você ganha mantendo o ambiente do solo propício ao desempenho de fungos e bactérias. Esse bioma do solo precisa ser mantido, com pouca interferência química. Outro ponto interessante é fazer o perfil de solo com braquiária. Eu sou fã da utilização de braquiária em soja, para usar, por exemplo, como protetor de solo em época de seca. Enfim, produzir soja demanda várias ações. Tudo precisa ser feito com parcimônia.
Fonte: CESB
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