Publicado em: 24/09/2024 às 17:00hs
Um levantamento de campo realizado com 1.706 produtores assistidos pelo programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG Café+Forte), do Sistema Faemg Senar, aponta uma queda média de 23% na safra de café arábica em Minas Gerais para 2024. A redução, superior à média nacional de 0,5% divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na última quinta-feira (19), reflete os desafios enfrentados pelos cafeicultores mineiros.
De acordo com Ana Carolina Gomes, analista de agronegócios do Sistema Faemg Senar, o impacto das condições climáticas adversas — como ondas de calor, chuvas mal distribuídas e temperaturas elevadas durante o desenvolvimento dos frutos — foi determinante para a diminuição na produtividade. “Problemas no pegamento e abortamentos na florada, aumento de pragas e doenças, grãos menores e desfolha foram consequências diretas dessas condições, agravando a safra deste ano", explica Ana Carolina. Ela destaca, ainda, que a seca prolongada pode gerar consequências também para a safra de 2025.
O estudo abrangeu as principais regiões produtoras do estado: Montanhas de Minas, Sul de Minas, Chapada de Minas e Cerrado Mineiro, onde todos os produtores relataram dificuldades similares.
Ana Carolina também ressalta a importância de investir em tecnologias e práticas de manejo sustentável como forma de mitigar os efeitos das mudanças climáticas. O programa de assistência técnica e gerencial seguirá oferecendo suporte aos produtores, além de buscar, junto a órgãos competentes, medidas para reduzir os impactos e proteger os cafeicultores prejudicados.
A Comissão Técnica de Café da Faemg, presidida por Arnaldo Bottrel, mantém um diálogo contínuo com o Governo de Minas para a elaboração de laudos técnicos que atestem as perdas, e com o governo federal, em busca de ampliação de recursos e subsídios para a contratação de seguros agrícolas.
Fonte: Portal do Agronegócio
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