Publicado em: 05/03/2025 às 11:30hs
O Monitoramento Agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revela que as chuvas registradas em fevereiro tiveram um impacto significativo na safra de verão 2024/25. O Centro-Norte do Brasil foi a região que concentrou os maiores volumes de precipitação, contribuindo para a manutenção da umidade do solo e favorecendo, de maneira geral, o desenvolvimento das lavouras.
Embora o excesso de chuvas tenha interferido em algumas atividades, como a semeadura e a evolução da colheita, os efeitos positivos prevaleceram, principalmente no que diz respeito ao enchimento de grãos das lavouras de primeira safra e ao início do desenvolvimento do milho de segunda safra.
Entretanto, o Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA) também destaca que, no Semiárido do Nordeste, o déficit hídrico persistiu, prejudicando as lavouras de feijão e milho. Em contrapartida, no Rio Grande do Sul, as chuvas ajudaram a aliviar a restrição hídrica em algumas áreas, mas as altas temperaturas intensificaram a perda de umidade do solo, dificultando o desenvolvimento das culturas.
A análise dos dados espectrais revela que as condições climáticas favorecem o crescimento das lavouras em várias regiões. No caso da soja, embora tenha ocorrido um atraso na semeadura, o índice vegetativo evoluiu acima da média e do ciclo do ano anterior durante a maior parte do período reprodutivo, beneficiado por condições climáticas favoráveis e por um menor escalonamento do plantio. Contudo, em algumas regiões, como o sudoeste de Mato Grosso do Sul e o noroeste do Rio Grande do Sul, o crescimento da soja foi prejudicado pela falta de chuvas e pelas altas temperaturas registradas entre dezembro e janeiro.
As lavouras de arroz, por sua vez, apresentam boas condições, com destaque para o Rio Grande do Sul, onde a incidência solar e a disponibilidade hídrica para irrigação têm favorecido o ciclo da cultura. Em algumas áreas do estado, a colheita já foi iniciada, enquanto em Santa Catarina, as lavouras têm mostrado excelente produtividade e qualidade do grão devido ao clima favorável.
O BMA, publicado mensalmente, é fruto de uma colaboração entre a Conab, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam), com o apoio de agentes de campo que contribuem com dados valiosos para a análise.
Boletim de Monitoramento Agrícola
Fonte: Portal do Agronegócio
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