Publicado em: 19/09/2024 às 10:50hs
A seca prolongada no Brasil, maior produtor mundial de açúcar, tem reduzido as expectativas para a safra de cana-de-açúcar 2025/26, o que vem pressionando os preços da commodity no mercado internacional. Nesta quarta-feira (18), o açúcar bruto negociado na ICE Futures de Nova York atingiu a maior cotação dos últimos cinco meses, com alta generalizada em todos os contratos.
O contrato com vencimento em outubro de 2024, que expira em breve, fechou o dia cotado a 21,16 centavos de dólar por libra-peso, uma valorização de 5,9% (118 pontos) em comparação com a sessão anterior. O contrato para março de 2025 também subiu 118 pontos, sendo negociado a 21,55 centavos por libra-peso. As demais posições registraram altas entre 19 e 80 pontos.
Segundo operadores do mercado ouvidos pela agência Reuters, especuladores estão reduzindo suas posições líquidas vendidas em açúcar bruto, prevendo uma possível queda na oferta global durante o último trimestre deste ano, período em que se encerra a colheita de cana-de-açúcar na região Centro-Sul do Brasil.
Além disso, a seca prolongada e incêndios recentes nas áreas produtoras do Centro-Oeste brasileiro reforçam as expectativas de uma safra mais fraca, o que também sustenta o movimento de alta dos preços.
Na ICE Futures Europe, em Londres, o cenário de valorização também se confirmou para o açúcar branco. O contrato para dezembro de 2024 subiu US$ 19,80, fechando o dia cotado a US$ 555,50 por tonelada. Já o contrato de março de 2025 registrou um aumento de US$ 23,50, sendo negociado a US$ 557,90 por tonelada. As demais posições apresentaram variações entre US$ 3,10 e US$ 21,20.
No Brasil, o preço do açúcar cristal apresentou uma leve valorização no mercado interno. Segundo o Indicador Cepea/Esalq, da USP, a saca de 50 quilos foi negociada a R$ 141,83 nesta quarta-feira, um aumento de 0,11% em relação ao valor de R$ 141,68 registrado no dia anterior.
As notícias sobre a quebra da safra de cana também beneficiaram o mercado de etanol hidratado. O biocombustível foi comercializado pelas usinas a R$ 2.561,00 por metro cúbico, registrando um aumento de 2,13% em comparação com o preço de R$ 2.507,50 praticado no dia anterior, de acordo com o Indicador Diário Paulínia.
Fonte: Portal do Agronegócio
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