Clima

Ciclone extratropical na Argentina causa tempestades e até neve no Cone Sul

Segundo a MetSul Meteorologia, sistema não deve adentrar o território brasileiro, mas deve causar chuva e instabilidade


Publicado em: 15/04/2024 às 10:55hs

Ciclone extratropical na Argentina causa tempestades e até neve no Cone Sul

Um ciclone extratropical deve ser formar na Argentina neste início de semana, levando tempestades e até neve para algumas áreas do Cone Sul da América do Sul. A informação é da MetSul Meteorologia. Segundo os meteorologistas, a frente fria que o fenômeno vai originar deve entrar no território brasileiro pela região Sul.

Em boletim, os meteorologistas explicam que um centro de baixa pressão vai contribuir para a formação do ciclone. A previsão é de chuva forte a temporais na Argentina, Uruguai, Paraguai e no Sul do Brasil. Na região andina, entre o território argentino e o Chile, deve cair neve em grandes quantidades.

A MetSul pontua que o ciclone não deve adentrar o território brasileiro. Irá se concentrar na costa da Argentina, Sul da província de Buenos Aires e no litoral norte da Patagônia. Em seguida, a tendência é de se deslocar em direção ao mar no Atlântico Sul. De qualquer forma, não deixa – em conjunto com a frente fria – de provocar instabilidades.

“A formação do ciclone e posterior frente fria geram instabilidade em uma área extensa do Cone Sul da América do Sul, com previsão de chuva localmente de forte a intensa e temporais em diversas áreas da Argentina, Uruguai, Paraguai e o Sul do Brasil nesta primeira metade da semana, especialmente entre a segunda e a terça”, diz a MetSul.

O sistema de baixa pressão que dará origem ao ciclone vem do Oceano Pacífico pelo Chile, atravessando a Cordilheira dos Andes. Este sistema deve se encontrar com o ar tropical mais quente e úmido no centro e nordeste da Argentina e já trazer chuva e temporais em áreas de latitude média na América do Sul.

Em seguida, essa chamada “baixa em altitude” se encontra com um centro de baixa pressão atmosférica em superfície. A partir daí, migra em direção ao Sul, onde se aprofunda e forma o ciclone extratropical entre o fim da segunda e a terça-feira.

“Quando o ciclone estiver maduro e mais intenso, entre terça e quarta-feira, vai estar perto de dois mil quilômetros ao sul de Porto Alegre, portanto, distante do Sul do Brasil. Por isso, seus efeitos em termos de vento de circulação ciclônica vão ser sentidos no litoral da Argentina e não devem ter maior impacto no Sul do Brasil”, explica a MetSul.

Para esta segunda-feira, a previsão é de chuva forte no Sul. A atmosfera tende a ficar instável no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, com alguns momentos isolados de melhoria. Deve chover de forma mais volumosa no oeste e na metade norte gaúcha.

Na terça-feira, com o avanço do ciclone pela Argentina, o tempo fica ainda mais instável, principalmente na metade oeste do Rio Grande do Sul, no nordeste da Argentina e no Paraguai.

“Os volumes de chuva até a terça-feira no Sul do Brasil podem ser muito altos em diversas cidades. Vários pontos podem ter mais de 100 milímetros, com os maiores volumes previstos para segunda e terça, que vão se somar aos volumes já altos dos últimos dias”, avalia a MetSul.

Chuva em São Paulo

No Estado de São Paulo, a previsão para esta segunda-feira é de pancadas de chuva persistentes na região oeste. Na capital, a previsão é de chuva isolada à tarde. Na área mais central e no nordeste do Estado, não há previsão de chover, de acordo com a Climatempo.

“Ao longo da terça-feira o predomínio é de sol e tem possibilidade de pancadas isoladas a partir da tarde em boa parte do estado de São Paulo. Apenas a região de Franca é que não recebe chuva. Os maiores volumes acumulados vão ficar concentrados sobre o oeste paulista, de novo, a região de Presidente Prudente”, informa, em boletim.

Fonte: Globo Rural

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