Durante o mês de fevereiro, o Brasil foi beneficiado por chuvas generosas, com acumulados acima de 150 mm em várias partes do país, especialmente na região Centro-Norte. As temperaturas, por sua vez, mantiveram-se elevadas, ultrapassando os 30°C em todo território nacional. Em março, as chuvas se intensificaram na região Sul do Brasil e na Argentina, contribuindo para as perspectivas positivas das safras de soja e milho na Argentina.

Condições Climáticas por Região

No MATOPIBA e no norte do Rio Grande do Sul, as chuvas em fevereiro e março mantiveram a umidade do solo, favorecendo o desenvolvimento das lavouras de soja. No Centro-Oeste, as temperaturas mais altas concentraram-se no Mato Grosso do Sul, enquanto no Sudeste, oeste de São Paulo registrou marcas acima de 34°C. Na Região Sul, as maiores temperaturas foram observadas no nordeste do Paraná e oeste do Rio Grande do Sul.

Previsões e Tendências

As próximas duas semanas devem trazer chuvas para a maior parte do Brasil, com o outono iniciando com temperaturas acima da média nacional. Há uma probabilidade de 62% de ocorrência de La Niña no segundo semestre, segundo a NOAA, o que poderia alterar o regime de chuvas no Brasil.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) projeta chuvas dentro ou abaixo da média histórica no outono para o Centro-Oeste, com temperaturas acima da média. No Sudeste, a previsão é de chuvas ligeiramente acima da média em áreas de São Paulo e sul de Minas Gerais, com temperaturas também acima da média. Para o Sul, prevê-se chuvas acima da média, principalmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, com temperaturas elevadas.

A NOAA indica um período de neutralidade entre abril e maio, seguido pelo retorno da La Niña no trimestre de junho a agosto. Este último pode trazer um inverno mais seco e ondas de frio intensas, o que pode afetar as lavouras de verão no Sul do Brasil. A redução das chuvas a partir de setembro em importantes áreas agrícolas também é uma preocupação.