O trabalho começou em 2007 e a pluma mato-grossense conquistou um passaporte para o mercado mundial, já que o selo emitido atesta a procedência do produto cultivado e o respeito às normas trabalhistas e ambientais.

“A parceria com a ABNT, organismo atuante no cenário da certificação de sistemas, produtos e pessoas, dá credibilidade ao esforço de todos os produtores associados à AMPA (Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão) na busca da excelência em suas relações de trabalho, da justiça social e da sustentabilidade de sua atividade agrícola”, comenta Milton Garbugio, presidente recém-empossado na AMPA e presidente do IAS no biênio 2011/12.

Segundo ele, a certificação do algodão mato-grossense em parceria com a ABNT é “um exemplo pioneiro” de produção agrícola socialmente correta, com excelente aceitação no mercado comprador e consumidor. O diretor executivo do IAS, Félix Balaniuc, destaca o pioneirismo dos cotonicultores mato-grossenses na busca de certificação para seu produto e lembra que essa iniciativa serviu de referência para outros estados produtores de algodão, culminando com o recente lançamento pela Associação Brasileira do Algodão (ABR) do programa “Algodão Brasileiro Responsável” (ABR).

“O Selo de Conformidade Social trouxe uma nova imagem para o algodão de Mato Grosso. A certificação da ABNT deu a credibilidade internacional de que precisávamos”, afirma Balaniuc. Ele explica que o comprador de algodão (seja ele brasileiro ou estrangeiro) quer saber como é a produção nas fazendas e qual a responsabilidade que o produtor tem em relação a seus colaboradores. Para obtenção do certificado concedido pela ABNT, são verificados em auditorias de campo os critérios internacionais relativos à conformidade social da produção: a proibição de trabalho infantil e forçado ou análogo ao de escravo, proibição de trabalho indigno ou degradante, regularidade do contrato de trabalho, segurança do trabalho, proibição de discriminação de pessoas e liberdade sindical.