Os morangos cultivados em Japira, Pinhalão, Tomazina e Jaboti, esta última reconhecida como a capital do morango do Paraná, estão conquistando visibilidade nacional graças à sua certificação de Indicação Geográfica (IG). Essa distinção tem atraído compradores de várias partes do país, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná, que buscam a qualidade e a autenticidade dos produtos locais.

A Associação Norte Velho (ANV), responsável pela produção certificada, tem capacidade para produzir cerca de 450 toneladas de morangos anualmente, atendendo principalmente ao mercado regional e expandindo para cidades nas regiões de Londrina e Maringá.

O reconhecimento nos mercados de supermercados, padarias, confeitarias e sorveterias é notável, com clientes como Ana Carla Bartolini Molini Ferrari, diretora do Grupo Mollini’s, que destaca a qualidade e frescor dos morangos certificados. Ana Carla enfatiza o papel da certificação na garantia de qualidade e na promoção da economia local.

A região emprega técnicas tradicionais e de estufa para garantir o fornecimento contínuo durante o ano, com picos de produção entre julho e setembro. A diversidade das variedades oferece opções para diferentes usos, como morangos maiores para fondue e variedades menores para produtos como sucos e geleias.

Além da participação em feiras nacionais, como a Naturaltech, que ampliam a visibilidade do produto, a ANV está expandindo suas parcerias com redes de supermercados, como o Condor, nas regiões de Londrina e Maringá. Isso resultou em uma valorização significativa dos preços de venda, alcançando até 50% a mais do que os valores praticados anteriormente.

Investimentos em infraestrutura também estão sendo feitos para aprimorar a industrialização dos subprodutos de morango, visando atender às demandas crescentes do mercado e garantir padrões de produção industriais.

O consultor do Sebrae/PR, Odemir Capello, destaca o papel crucial do associativismo e da inovação na promoção desses produtos diferenciados. Ele ressalta que o envolvimento dos produtores e o apoio contínuo têm sido fundamentais para o desenvolvimento econômico e social do norte pioneiro por meio da valorização de seus produtos agrícolas distintivos.