Certificação

Mais um passo rumo à certificação do tabaco

O SindiTabaco foi sede nesta quinta-feira (03), de evento promovido pelo Ministério da Agricultura e Universidade Federal de Pelotas para Instalação da Comissão Técnica Oficial do Projeto de Produção Integrada de Tabaco nos Estados do RS, SC e PR (PITAB)


Publicado em: 04/05/2012 às 09:20hs

Mais um passo rumo à certificação do tabaco

Na ocasião, também foram realizadas apresentações sobre o setor e o Projeto PITAB, segundo adequação às novas regras e procedimentos estabelecidos pelos Requisitos de Avaliação de Conformidades da Produção Integrada no Brasil (RAC/PI Brasil).

O presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, e o presidente da Afubra (Associação dos Fumicultores do Brasil), Benício Albano Werner, falaram aos presentes sobre o setor no Brasil e no mundo, com destaque aos detalhes do Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT) e sua importância para a manutenção da competitividade do produto brasileiro no mercado mundial. O chefe da Divisão de Grãos, Raízes e Oleaginosas do Mapa, George Simon, do MAPA, trouxe o cenário atual da Produção Integrada no País.

O Projeto PITAB em sua versão atualizada foi apresentados pelo professor Carlos Tillmann, da Universidade Federal de Pelotas, e pelo engenheiro Agrônomo, Darci José da Silva, consultor do SindiTabaco. A elaboração do projeto iniciou em 2008, culminando com a entrega da documentação ao MAPA em julho de 2010.

Em 30 de agosto de 2010, o MAPA publicou a IN 27, estabelecendo novas diretrizes para a Produção Integrada no Brasil. Este documento gerou a demanda de um novo RAC (Requisitos para Avaliação de Conformidade) por parte do Inmetro, que estava em Consulta Pública desde 26 de junho de 2011. A Portaria de nomeação da Comissão Técnica Oficial foi publicada no Diário Oficial da União, em 29 de março de 2012.

Integrantes da Comissão Técnica Oficial do Projeto PITAB

  • Coordenador Geral / Ufpel - Carlos A. Tillmann
  • Afubra - Marco A. Dorneles
  • SindiTabaco / Souza Cruz - Claudimir Rodrigues
  • SindiTabaco / JTI - Rogério Da Costa
  • Farsul / Faep / Faesc - Marco A. dos Santos
  • Fetaesc / Fetag / Fetaep - Irineu Berezanski
  • Embrapa - Maria Laura T. Mattos
  • SindiTabaco / Consultor Técnico - Darci J. Da Silva

Para receber a certificação, o sistema de produção deve atender dois critérios básicos: rastreabilidade (histórico do produto) e sustentabilidade (uso dos recursos naturais de forma ambientalmente correta, economicamente viável e socialmente justa). Conheça os principais benefícios da produção integrada:

Produtores: oportunidade para redução de custos de produção, produção diferenciada e de maior longevidade mercadológica, continuidade do sistema integrado e melhor organização da cadeia produtiva;

Consumidores: qualidade e segurança dos produtos, resíduos conforme padrões brasileiros e internacionais, garantia de rastreabilidade e sustentabilidade dos processos;

Indústrias: reconhecimento em sustentabilidade e responsabilidade socioambiental, oportunidade de agregação de valor aos produtos, manutenção e aperfeiçoamento do sistema integrado e geração de trabalho e renda a produtores e trabalhadores.

SAIBA MAIS

O projeto Pitab conta com o apoio do Mapa, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Se aprovado, o projeto vai conferir ao Brasil, principal exportador de tabaco desde 1993, a certificação inédita da produção no mundo.

Trata-se da normatização dos procedimentos aplicados ao processo produtivo, através de um sistema de rastreabilidade, de modo a garantir ao mercado consumidor o nível de qualidade e segurança dos alimentos. A partir da certificação, que se configura como tendência global irreversível, torna-se viável comprovar a origem e os métodos empregados na geração dos produtos, por meio de registros formais e auditáveis, sobre princípios de sustentabilidade dos sistemas produtivos e sua relação direta com as demandas social, ambiental e econômica.

O sistema de Produção Integrada é implantado a partir de uma Norma Técnica Específica (NTE), concebida por meio da participação de todos os integrantes da respectiva cadeia produtiva. Depois de aprovada pelo Mapa e publicada no Diário Oficial da União, ela é encaminhada ao Inmetro que credencia as certificadoras. As normas, entretanto, não serão impositivas, a adesão por parte dos produtores e da indústria é voluntária.

Fonte: Assessoria de Imprensa SindiTabaco

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