Publicado em: 11/11/2024 às 11:15hs
A suinocultura de Mato Grosso do Sul atravessa um momento de grande potencial de expansão, e, segundo a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), a retirada da vacinação contra a febre aftosa abre perspectivas promissoras para o mercado internacional. Atualmente, a produção do estado destina-se predominantemente ao consumo interno, com vendas para outros estados, mas a mudança nas políticas de sanidade previstas para o próximo ano pode posicionar Mato Grosso do Sul como um líder global no setor. Esse cenário otimista foi discutido no IV Simpósio Abraves MS, realizado nos dias 6 e 7 de outubro em Campo Grande.
Durante o evento, o diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, falou sobre as expectativas para o setor e as perspectivas de crescimento. “Estamos em um momento decisivo para a suinocultura de MS. A discussão sobre a retirada da vacinação contra a febre aftosa já está em andamento em Brasília, e a decisão final está prevista para maio de 2025. Quando esse anúncio for feito, nossa suinocultura estará apta a vender para o mercado global, o que resultará em um crescimento expressivo do setor a partir do próximo ano”, afirmou Ingold, ressaltando a colaboração entre o governo e as entidades do setor para viabilizar essa transformação.
O presidente da ABRAVES-MS, também presente no evento, destacou a relevância do simpósio para o avanço das políticas de sanidade animal no estado. Ele enfatizou a importância de temas como biosseguridade e sanidade para garantir o crescimento sustentável da suinocultura em Mato Grosso do Sul. “O evento foi uma oportunidade de reforçar o enorme potencial da suinocultura sul-mato-grossense. Discutimos questões fundamentais para o desenvolvimento do setor, e a crescente atenção dos investidores demonstra que estamos preparados para atender a padrões internacionais exigentes”, afirmou.
Eleiza Morais, diretora da Associação Sul-Mato-Grossense de Suinocultores (ASUMAS), reforçou a importância da retirada da vacinação como um fator chave para o crescimento do setor. "A retirada da vacina contra a febre aftosa foi um marco que abriu portas para Mato Grosso do Sul. Desde que o estado começou a avançar nesse processo, vimos um movimento significativo de empresas e investidores interessados em se instalar aqui", destacou Eleiza. Ela acredita que, com esse cenário favorável, é possível até dobrar o número de matrizes suínas no estado, o que impulsionaria ainda mais o desenvolvimento do setor.
O vice-presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho, Eduardo Monreal, também compartilhou sua visão sobre o futuro da suinocultura estadual. "Com um cenário sanitário fortalecido e a chegada de novos investimentos, estamos prontos para um salto de crescimento. Estamos atentos às exigências de um mercado em constante transformação, ao mesmo tempo em que contribuímos significativamente para o desenvolvimento econômico da região", afirmou Monreal.
Com a retirada da vacinação contra a febre aftosa e o fortalecimento das práticas de biossegurança, Mato Grosso do Sul se posiciona para se tornar um importante exportador de carne suína, atendendo às exigências de mercados internacionais e consolidando-se como referência no setor.
Fonte: Portal do Agronegócio
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