Publicado em: 30/04/2013 às 08:10hs
A capacitação, ministrada pelo pesquisador da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ériklis Nogueira, contou com a participação da pós doutoranda em Reprodução animal Juliana Corrêa Borges e teve como foco, também, difundir a técnica para as propriedades rurais do Pantanal que ainda não utilizam a tecnologia.
O curso foi dividido em duas etapas: uma teórica, ministrada no Sindicato Rural de Corumbá, onde foram abordados temas a fisiologia reprodutiva dos bovinos, tais como: o controle endócrino, a dinâmica folicular, as condições patológicas de útero e ovário, o diagnóstico de gestação e suas interpretações através da avaliação ultrassonográfica, entre outros. E outra etapa prática, que ocorreu nas Fazendas Band´alta e Nhuporã, localizadas próximas da Cidade de Corumbá, onde os participantes aprenderam a operar o equipamento de Ultrassom e as formas corretas da utilização da ultrassonografia na reprodução bovina. Participaram do curso veterinários da região e acadêmicos do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)
Segundo o pesquisador Ériklis Nogueira, coordenador e responsável pelo curso, a utilização da ultrassonografia pode trazer inúmeros benefícios ao produtor como, por exemplo, o diagnóstico precoce (25-30 dias) de animais após a estação de monta, ou a retirada dos animais inférteis ou subférteis dos rebanhos de cria com patologias no útero e ovários, proporcionando a liberação das pastagens para os animais que tem potencial reprodutivo ótimo. Assim a ultrassonografia reprodutiva tornou-se uma ferramenta valiosa para o produtor rural, no sentido de maximizar sua produção, acelerando ou antecipando os eventos relacionados com a fase produtiva do rebanho.
“Como outros exemplos da sua utilização podemos citar a sexagem fetal precoce, a partir dos 60 dias, e a otimização de doadoras e receptoras de embriões”, explica o pesquisador. “Nos casos de animais de alto padrão, sobretudo quando lançamos mão da transferência de embriões, pode ser de grande utilidade efetuar-se a sexagem precoce do feto para venda direcionada dos produtos”, completa Ériklis.
Segundo o veterinário Carlos de Barros Leite Junior, da Fazenda Nhuporã, e participante do curso, “ Esta técnica facilita o manejo do rebanho e o sistema de inseminação artificial. No Pantanal, os intervalos de partos podem reduzir de 18 meses para 12 meses. O uso da tecnologia pode aumentar o índice de reprodução em até 30%, com um ganho econômico expressivo”.
Fonte: Embrapa Pantanal
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