Capacitação

Funcionários de algodoeiras de Sorriso e Lucas recebem treinamento

Mais de 70 funcionários de 27 algodoeiras, sendo 13 de Sorriso e 14 de Lucas do Rio Verde, participaram, neste final de semana, de um treinamento sobre o gerenciamento e operação de máquinas que beneficiam o algodão


Publicado em: 27/02/2012 às 16:50hs

Funcionários de algodoeiras de Sorriso e Lucas recebem treinamento

Após um estudo de demanda e necessidades de treinamento, a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), juntamente com o Instituto Mato-grossense de Algodão (Ima), deram inicio ao curso aos trabalhadores.

Na primeira etapa, os funcionários estão aprendendo noções básicas de mecânica, hidráulica, elétrica e todos os quesitos que envolvem gerenciamento dos maquinários. O beneficiamento, segundo o assessor técnico do Ima, Renato Tachinardi, é a segunda, das três etapas da produção de algodão. Os colaboradores são responsáveis pelo tratamento da pluma pós-colheita e antes da comercialização.

Neste processo, são retiradas todas as impurezas do algodão, a separação do caroço da pluma, até a divisão por fardos de acordo com a qualidade. “Eles são treinados com o objetivo de aperfeiçoar o beneficiamento para se chegar aos melhores rendimentos possíveis. O curso aborda desde o transporte da lavoura até o pátio da algodoeira, os processos de desmanche de fardo, etapas de secagem, prensagem, limpeza e retirada das impurezas, até a hora de separar em blocos para a comercialização. O beneficiamento é um processo delicado, demorado, passa por várias máquinas, depende muito de regulagem dos equipamentos, pois precisa de secagem e ao mesmo tempo de umidade, e para se alcançar uma qualidade ideal é preciso que o operador esteja qualificado”, explica Tachinardi.

O assessor técnico destaca a importância da segunda etapa da produção, que não tem a capacidade de melhorar a qualidade do algodão, mas de preservar as boas características que são “desenhadas” na primeira fase, que é a parte agronômica da produção. “Se o beneficiamento for feito errado, ele pode piorar em muito a qualidade do algodão que chegou da lavoura. Pois é preciso retirar toda a sujeira, e não pode cortar a fibra, que, quanto mais curta, menos valorizada no mercado ela fica. Se as máquinas estiverem mal reguladas, elas acabam quebrando toda a fibra o que causa desvalorização na hora de vender, pois é preciso respeitar os índices e parâmetros que o mercado exige”, destaca.

Conforme o diretor técnico e assessor em tecnologia de algodão, beneficiamento e classificação, Jean-Luc Chanselme, que palestrou sobre a manutenção e funcionamento das máquinas, é muito importante que os trabalhadores estejam se aperfeiçoando para se adequarem ao mercado que cada dia mais exige mais qualidade, tanto do colaborador, quanto da produção.

PRODUÇÃO DE ALGODÃO

A estimativa de área para este ano em Mato Grosso será de 700 mil hectares, sendo a mesma da safra passado. Só as cidade de Lucas do Rio Verde e Sorriso representam cerca de 18% de toda produção estadual. “Tivemos uma redução na região Sul, mas em compensação um pequeno aumento no Norte, isto mostra que estão surgindo novos produtores investindo na cultura”, afirma o assessor do Ima.

No entanto, o algodão não é uma cultura que pode ser iniciada de “uma hora para outra”. “O algodão exige muito planejamento, nenhuma das etapas são realizadas em antes por tudo no papel. Normalmente algodão não é a melhor opção pra quem quer se aventurar, o que acontece muito quando o preço está em alta. Quando a commodities está valorizada, o produtor tende a entrar na cultura, porém o preço alto do algodão não garante lucratividade, pois é preciso estar estruturado com equipamento específico, funcionários capacitados e muita assistência técnica para dar certo”, finaliza. Atualmente o preço da pluma está entre R$ 50 a R$ 55 a saca.

Fonte: Só Notícias

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