Para a reitora da Unir, Maria Cristina de França, o Programa de doutorado é um marco para o desenvolvimento científico do estado. “Estamos vivendo um momento ímpar para a Unir e para Rondônia com este Programa de doutorado voltado para o desenvolvimento com sustentabilidade da Amazônia. Um grande passo está sendo dado para o futuro da pesquisa e da ciência no estado”, afirma a Maria Cristina de França.

De acordo com a pesquisadora da Embrapa Rondônia, Luciana Gatto Brito, a parceria da Empresa com o Programa se dá com equidade diante dos demais parceiros e com a participação de seus pesquisadores como membros do corpo docente, utilização da estrutura da Unidade em Rondônia, como laboratórios e Campos Experimentais, entre outros. “Trata-se de um Programa de fundamental importância para a formação de corpo técnico especializado, tendo grande valor para o desenvolvimento de atividades da Embrapa, nos possibilitando expandir nossa atuação junto à sociedade. Outro ponto de destaque é a formação de recursos humanos locais altamente qualificados que, com certeza, têm interesse em desenvolver a agricultura de Rondônia”, ressalta a pesquisadora.

O rondoniense e doutorando do Programa, Jaylson Monteiro, vê na Rede Bionorte a oportunidade não só de se qualificar com foco nas demandas da Amazônia, mas de fazer parte de um momento de transformação para o estado. “O Programa abre portas para que tenhamos a possibilidade de fazer um doutorado voltado para o desenvolvimento da Amazônia, antes ficávamos muito restritos ao ter que optar por pós-graduações que muitas vezes não condiziam com nossa realidade. Hoje estamos tendo a possibilidade de mudar esse quadro e promover o desenvolvimento também do nosso estado”, conta Jaylson.

O evento foi conduzido pela reitora da Unir, Maria Cristina Vitorino de França; juntamente com o pró-reitor de pós-graduação e pesquisa da Unir, professor Valdir Vegini; o coordenador regional da PPG-Bionorte, Leonardo Calderon; a pesquisadora da Embrapa Rondônia, Luciana Gatto Brito; e o diretor da Fiocruz Rondônia e também palestrante da aula inaugural, Rodrigo Stábeli. A solenidade contou ainda com a presença do gerente de Ciência, Tecnologia e Inovação da Seplan, Francisco Maciel, dos doutorandos, de professores da Unir, pesquisadores e demais convidados.

Após a abertura da solenidade o diretor da Fiocruz proferiu sua palestra com o tema “A Rede Bionorte e o desenvolvimento sustentável da Amazônia”, entre os assuntos abordados, Rodrigo ressaltou um meio possível para o desenvolvimento tecnológico e científico na Amazônia. “Há a necessidade de se olhar para a microrregionalização da ciência, de forma a se conhecer as diversidades e riquezas de cada local e instalar núcleos fortalecidos e interligados que terão condições de consolidar ações em prol do desenvolvimento da ciência e da tecnologia na Amazônia”, finalizou.

Rede Bionorte

Instituída em 04 de dezembro de 2008, no âmbito do Ministério da Ciência e Tecnologia, a Rede Bionorte é integrada por instituições da Amazônia Legal que atuam em biodiversidade e biotecnologia, para à formação de recursos humanos e desenvolvimento científico e tecnológico, que possibilite acelerar o processo de desenvolvimento sustentável da Amazônia brasileira, produzindo impactos socioeconômicos permitindo a melhoria da qualidade de vida da população. O objetivo é incentivar pesquisas para a conservação do bioma e o desenvolvimento de um setor industrial com base na biodiversidade amazônica, assim como a formação de doutores biodiversidade e biotecnologia.  Fazem parte da Amazônia Legal os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.

Participam do Programa de doutorado da Rede Bionorte a Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa), Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), MPeg), Universidade Estadual do Amazonas (UEA), Uema, Unemat, as universidades federais do Acre (Ufac), do Amazonas (Ufam), do Maranhão (Ufma), de Mato Grosso (UFMT), do Pará (UFPA), de Rondônia (Unir), de Roraima (UFRR), de Tocantins (Ufto), do Amapá (Unifap), Rural da Amazônia (Ufra) e Centro Universitário do Maranhão (Uniceuma).