Publicado em: 14/03/2012 às 09:30hs
Coordenado pela Embrapa, Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), o evento tem o objetivo de treinar técnicos da Adab, EBDA e secretarias municipais de agricultura. A parte teórica acontece na sede da Embrapa e a prática, em propriedades particulares do Recôncavo Sul.
Popularmente conhecida como amarelinho, a CVC é uma importante praga que acomete a citricultura brasileira desde os anos 1980, podendo ser disseminada por inseto vetor (mais de onze tipos de cigarrinhas) e também por mudas infectadas. Causada pela bactéria Xylella fastidiosa, promove manchas amareladas e variegadas nas folhas das laranjeiras doces, secamento de ramos e, em último estágio, amarelecimento, endurecimento e redução de tamanho dos frutos. Os sintomas aparecem após, pelo menos, seis meses da primeira infecção.
Programação
Na tarde do dia 13, as palestras, ministradas por pesquisadores da Embrapa, EBDA e Adab, abordam a situação atual da CVC na Bahia e sua importância para a citricultura baiana, a sintomatologia da CVC e de outras doenças com sintomas similares e os métodos de controle.
O dia 14 será destinado a visita à área com histórico da praga para reconhecimento dos sintomas da doença no campo, com aula prática sobre a metodologia que será empregada no levantamento da CVC e outras pragas dos citros e levantamento da ocorrência de CVC em Governador Mangabeira.
Controle
Segundo o fitopatologista Hermes Peixoto, pesquisador da Embrapa, a convivência com a clorose variegada deve ser realizada mediante a integração de diversas ações. “O controle legal deve ser feito com medidas ou regras estabelecidas em leis, decretos e portarias para impedir ou retardar a entrada e o estabelecimento da X. fastidiosa em uma área ou região onde ainda não foi constatada. Pode ainda determinar a erradicação ou eliminação de material vegetal suspeito e deve ser implementado nas regiões livres do patógeno”, afirma. O citricultor só deve utilizar mudas sadias, certificadas, adquiridas em viveiros credenciados. Em regiões onde já existe a doença é necessário manter as borbulheiras e as plantas matrizes protegidas por telas antiafídicas.
Na Bahia, a CVC teve seu primeiro relato em 1997, no Litoral Norte, nos municípios de Rio Real e Itapicuru, região detentora de aproximadamente 60% da produção estadual de laranja.. Em outubro de 2009, a praga foi detectada por pesquisadores da Embrapa em pomares do município de Governador Mangabeira, no Recôncavo Baiano, segunda maior região produtora de cítricos da Bahia. Em maio do ano passado, a Adab registrou a expansão da praga para povoados do município de Muritiba e, mais recentemente, em localidades da zona rural situada entre Governador Mangabeira e Cabaceiras do Paraguaçu.
A Embrapa Mandioca e Fruticultura disponibiliza mais informações em http://www.cnpmf.embrapa.br/publicacoes/produto_em_foco/citros_34.pdf. O documento foi escrito pelos pesquisadores Hermes Peixoto Santos Filho, Cristiane de Jesus Barbosa e Francisco Ferraz Laranjeira, da Embrapa, e Suely Xavier de Brito Silva, da Adab.
Fonte: Embrapa Mandioca e Fruticultura
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