"Estamos incentivando a cultura da seringueira no Tocantins por apresentar grande potencial de expansão do agronegócio tocantinense”, expressou o secretário Executivo, Ruiter Pádua na abertura da capacitação técnica, na manhã desta segunda-feira, dia 27, em Paraíso do Tocantins. O curso se estende até sexta-feira, dia 31, quando será encerrado com visita técnica em duas propriedades de seringais na região.

Em sua explanação, o secretário frisou ainda sobre as oportunidades de mercado que a cultura da seringueira oferece aos produtores. “Essa é realmente uma atividade que devemos incentivar, pois proporciona a geração de renda e a melhoria de qualidade de vida, principalmente para os pequenos produtores rurais”, argumentou.

Segundo o pesquisador da Embrapa – Produtos e Mercado, Ailton Vitor Pereira, o seringal é uma cultura que possui múltiplos benefícios. “Da seringueira, extraímos o látex para o mercado pneumático e milhares de artefatos. A madeira segue para produção de móveis, da semente podemos extrair o óleo e torta para alimentar animais, além das flores serem ótimas para as abelhas produzirem o mel”, mencionou.

Pereira falou ainda da importância da heveicultura para o agronegócio. “O importante também é que é uma atividade de longo prazo, em torno de 40 a 50 anos. Um hectare é capaz de produzir aproximadamente 3.600 a 4.000 quilos de coágulo, por hectare/ano”, acrescentou.

Para o diretor da Apabor – Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha do Estado de São Paulo, Heiko Rossmann, existe uma demanda muito grande para o uso da borracha. “Atualmente o Brasil produz apenas 138 mil toneladas por ano. Há uma necessidade de 360 mil toneladas para suprir a demanda atual”, destacou.

O presidente disse ainda que o Brasil responde por apenas 1,2% da produção mundial de borracha natural e para aumentar sua participação é preciso disseminar as vantagens, já que aqui há uma vastidão de terra disponível para expansão. “A Malásia, Tailândia e Indonésia são os maiores produtores do mundo, respondendo por 70 da produção mundial”, reforçou.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Florestas no Tocantins, Alisson Santos, os incentivos para aumento da produção do seringal tocantinense são fortalecidos com os projetos polos de seringais por meio da parceria entre a Embrapa e a Seagro. “Isso tem demonstrado grande expectativa para investimento dos produtores do Estado, percebendo que é mais uma alternativa que pode gerar aumento da economia”, destacou.