O curso de 40 horas abordará as cadeias produtivas da fruta-do-conde (pinha ou ata), da graviola e da atemoia – frutas que compõem a família das anonáceas. O treinamento englobará desde sementes e mudas até logística de comercialização e processamento.

O curso é uma atividade do Projeto Produção Integrada de Anonáceas (PI Anonáceas), desenvolvido desde 2009 pela Embrapa com o objetivo de levar mais qualidade à produção de fruteiras dessa família. O projeto conta com financiamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), do CNPq e da Embrapa.

A Produção Integrada é um sistema de produção de alta qualidade que leva em consideração princípios baseados na sustentabilidade, na aplicação de recursos naturais, na substituição de materiais poluentes e no monitoramento dos procedimentos e da rastreabilidade de todo o processo. Os mercados mundiais, além da qualidade externa das frutas, passaram a exigir também controles sobre todo o sistema de produção.

Conforme o pesquisador Raimundo Braga, coordenador do projeto PI Anonáceas, a vantagem do sistema de Produção Integrada de Frutas é a padronização dos procedimentos adotados na produção das fruteiras. Entre os resultados esperados, destacam-se a melhoria da qualidade das frutas produzidas, maior segurança dos alimentos e uma atividade com baixo impacto ambiental.

De acordo com Braga, a demanda brasileira por graviola e pinha supera em muito a atual  produção. Atualmente, a Bahia é o maior produtor dessas frutas no País, com 6.000 ha de pinha e 2.000 ha de graviola cultivados. A maior parte da produção é comercializada para o mercado interno.

A ação conta com a parceria da Embrapa Mandioca e Fruticultura, da Agência de Desenvolvimento Agropecuário da Bahia (ADAB), da Seplac, de universidades, do Sebrae, da Agência Baiana de Desenvolvimento Agropecuário (EBDA), da prefeitura de Ilhéus e de produtores.