Durante uma semana, pesquisadores e técnicos das áreas de produção, fiscalização, extensão rural, educação e microempresários reúnem-se para discutir o atendimento da legislação sanitária, a segurança e a qualidade dos alimentos processados. A troca de experiências e pontos de vista ajuda a resolver gargalos que comprometem o bom andamento desse setor. Ainda este ano, o curso será dado em Brasília/DF (outubro), Picos/CE (novembro) e São José do Mipibu/RN (dezembro).

Mais de mil pessoas já passaram pela capacitação em BPF, ajudando a consolidar práticas viáveis e condizentes com a legislação de alimentos. A iniciativa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e uma rede de agentes locais em cada Estado como Emater, Senar, Fiscalização e Vigilância Sanitária, associações de produtores, centros de ensino, agentes de financiamento e outros.

“Nossa metodologia de trabalho promove a visita do grupo a uma agroindústria local. Lá, diante da realidade concreta, eles discutem o que viram na teoria. O desafio é identificar os problemas e propor ajustes adequados e acessíveis”, explica Fénelon do Nascimento Neto, pesquisador da Embrapa.

Após o curso, os técnicos das instituições parceiras locais capacitados tornam-se multiplicadores das em BPF e passam a ser monitorados pela equipe da Embrapa para implementar as Boas Práticas de Fabricação em três agroindústrias familiares da região que aceitaram participar da iniciativa. A tarefa funciona como um estudo de caso.

O aprendizado alcançado durante essa ação poderá ser acompanhado em outros Estados, ajudando a adequar as experiências bem sucedidas ao dia a dia de trabalho com as agroindústrias.

No site da Embrapa (www.ctaa.embrapa.br/index.php?id=12) é possível acessar gratuitamente o manual “Recomendações Básicas para a Aplicação das Boas Práticas Agropecuárias e de Fabricação na Agricultura Familiar”. A publicação é um dos materiais empregados nos cursos de BPF.