Os cursos de Pedagogia do Campo e História do Campo foram oferecidos pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) do Incra em convênio com a Fundação Educacional do Vale do Jequitinhonha (Fevale) e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep).

Os dois cursos têm o objetivo de capacitar os bacharéis a atuarem como supervisores escolares ou professores em escolas rurais. Trinta assentados se formam em Pedagogia e outros nove em História.

A formanda Iracema de Oliveira vive no assentamento Saco do Rio Preto, em Natalândia (MG), desde sua criação em 1995. Para a estudante, o curso foi uma oportunidade de aprimorar seus conhecimentos que já aplica na Escola Municipal Antônio Geraldo Pereira que fica dentro do assentamento. “É a realização de um sonho cultivado há muito tempo. Agora pretendo me tornar supervisora da escola rural.”, planeja.

A coordenadora do Pronera na Faculdade de Filosofia e Letras de Diamantina (Fafidia), Glícia Ferreira destaca o compromisso dos assentados com o curso. “Eles tiveram uma atuação surpreendente, são pessoas compromissadas, dedicadas a todo o processo de formação.”, elogia.

O Incra/MG investiu aproximadamente R$1.5 milhão para a graduação destes alunos. Contudo, a autarquia questiona a aplicação de cerca de R$600 mil que devem ser devolvidos à União ou resultará em abertura de Tomada de Contas Especial (TCE).