Publicado em: 13/01/2012 às 15:50hs
O Indice de Preços de Alimentos da FAO, divulgado hoje (12) em Roma, apresentou queda, considerada acentuada pela organização, de 2,4% no último mês do ano. Este patamar está 11,3% abaixo do pico registrado em fevereiro de 2011.
O resultado, segundo a FAO, foi influenciado principalmente pelas quedas acentuadas nos preços internacionais de cereais, açúcar e óleos, pelas safras recordes em 2011, queda da demanda e ao fortalecimento do dólar. De acordo com o levantamento, a maioria das commodities sofreu redução no preço.
Segundo o economista da FAO Abdolreza Abbassian, o cenário para os próximos meses é imprevisível, principalmente pelo panorama de incertezas sobre a economia global, a moeda e o mercado de energia.
Esta semana, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou seu levantamento da safra 2011/2012 de grãos indicando queda de 2,8% em relação ao volume colhido no ciclo passado (162,95 milhões de toneladas). A pesquisa, feita em dezembro, não computou o grosso das perdas na região Sul com a estiagem prolongada e próximo resultado pode ser ainda pior.
A seca também afeta a Argentina, outro grande produtor de commodities agrícolas. Se a produção de produtos como soja, milho e trigo cair nos dois países, e não for compensada por safras maiores em outras regiões do globo, a oferta diminuirá e, consequentemente, os preços tendem a subir.
Fonte: Agência Brasil
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