Montante foi fechado em R$ 28,237 bilhões em janeiro deste ano, cerca de R$ 2 bilhões a menos que em 2011 Valor Bruto da Produção (VBP) de Mato Grosso reduziu 7,6% em janeiro deste ano em comparação com igual período do ano passado. Montante foi fechado em R$ 28,237 bilhões, cerca de R$ 2 bilhões a menos que em janeiro de 2011. Apesar do aumento nos valores da soja e do milho, principais culturas da região, o algodão teve desvalorização e puxou o VBP para baixo.
Há um ano a arroba do algodão era vendida por cerca de R$ 100 e atualmente o mercado paga R$ 50. Esta queda nos preços fez com que o VBP do algodão baixasse de R$ 10,771 bilhões para R$ 5,156 bilhões, recuo de 52%, redução proporcional à do preço. Produtor de Rondonópolis, Alexandre De Marco explica que o menor valor bruto da produção é consequência exclusivamente do mercado e do preço praticado, até porque a produção estimada será a mesma, de 720 mil hectares, aproximadamente.
Com relação aos impactos para os produtores, De Marco explica que o preço de R$ 50 pela arroba, a atividade passa a ter margem reduzida e qualquer quebra de produção significa prejuízo. Em contrapartida, o milho apresenta alta de 48% no VBP, chegando a R$ 5,019 bilhões, número nunca atingido pelo Estado desde 2005, de acordo como Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A soja, maior produção estadual, teve aumento de 11% no VBP em janeiro de 2012, comparando com mesmo período do ano passado. Está prevista a movimentação de R$ 16,293 bilhões entre custos e ganhos com cultura, ante R$ 14,671 bilhões em 2010.
Ambas as commodities tiveram incremento decorrente da valorização de preços, que permanecem em alta por causa da demanda aquecida, sendo a soja comercializada entre R$ 36 e R$ 38 em Mato Grosso, e o milho foi negociado por preços entre R$ 20 e R$ 22, ante o preço mínimo de R$ 13,50, estipulado pelo governo federal. Outro produto que registrou alta no valor bruto da produção em janeiro foi a cana-de-açúcar, com incremento de 22%, fechado em R$ 977 milhões, ante R$ 800 milhões em 2011.
Este resultado, segundo o diretor-executivo do Sindicato da Indústria Sucroalcooleira de Mato Grosso (Sindalcool/MT), Jorge dos Santos, é consequência do aumento na remuneração dos produtores. Como explica, a cadeia é uma das únicas em que os ganhos são divididos entre todos os componentes. Sendo assim, as valorizações do etanol e do açúcar chegaram até os produtores, mesmo os independentes que não possuem usinas.
Com esta valorização, Jorge dos Santos revela que o segmento tem investido na renovação nos canaviais, como ocorreu na atual safra com o replantio de 20 mil hectares. Ao todo, são 200 mil hectares plantados para a moagem e 20 mil para renovação da cana-de-açúcar este ano.