Publicado em: 24/01/2012 às 09:50hs
O contrato março chegou a ser cotado a 2,2695 dólares por libra-peso, com ganho de quase 8 por cento ante a sessão anterior. Uma rodada de realização de lucros então deflacionou o mercado e o contrato era negociado a 2,23 dólares por volta das 13h40 (horário de Brasília).
Desde que foi negociado a 1,781 dólares em 13 de janeiro, o mercado subiu quase 27,5 por cento, para máxima da sessão nesta segunda-feira. O catalisador do aumento é a especulação sobre uma suspensão de importações do suco brasileiro.
"Ainda estamos esperando uma palavra sobre as importações de suco de laranja do Brasil serem suspensas aqui", disse um operador.
A ICE disse nesta sexta-feira que o limite de trading diário no mercado de suco foi expandido em 20 centavos após o contrato de primeiro vencimento fechar no limite de alta diário de 10 centavos.
O órgão regulador de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA) tem testado importações de suco de laranja pelo fungicida carbendazim, mas nenhuma palavra foi dada sobre o suco do Brasil. Os EUA iniciaram testes de suco depois de a Coca Cola ter encontrado carbendazim no suco do país sul-americano, maior exportador global.
Na sexta-feira, o FDA disse ter coletado 45 amostras de suco. Dezenove das testadas contêm níveis seguros de carbendazim. Outras 26 amostras estão sendo analisadas.
O prêmio sobre o preço do produto pode recuar no caso de o FDA declarar que o suco de laranja do Brasil está livre, disseram traders.
Qualquer interrupção da importação do suco do Brasil afetaria marcas como Tropicana, da Pepsico, e Minute Maid, da Coca Cola, que normalmente são feitos com uma mistura de produtos dos EUA e do Brasil.
A Tropicana disse que a companhia decidiu, há alguns meses, usar exclusivamente o suco de laranja da Flórida em seu Pure Premium.
Fonte: Reuters
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