Publicado em: 26/09/2013 às 19:40hs
Os principais vencimentos da oleaginosa, por volta de 12h (horário de Brasília), perdiam pouco mais de 6 pontos. A posição novembro/13 era cotada a US$ 13,15/bushel, e é referência para a nova safra dos EUA.
O mercado sente a pressão da evolução da colheita no Meio-Oeste americano e voltou a cair após duas sessões consecutivas de altas. "O mercado vem alternando um pouco de altas e baixas", diz Steve Cachia, da Cerealpar.
Para o analista, o recuo dos preços se dá também em função das boas condições climáticas nos EUA, as quais facilitam a entrada das máquinas no campo e a evolução dos trabalhos. Nas últimas semanas, com as chuvas, o processo acabou ficando comprometido, entretanto, a previsão é de dias mais secos daqui para frente.
A colheita está atrasada em relação ao ano passado e as projeções são de que a safra norte-americana seja menor do que as estimativas iniciais, porém, ainda assim as cotações sentem o peso da entrada do produto dessa nova temporada no mercado. "Isso é uma pressão sazonal da disponibilidade do produto novo no mercado", afirma Cachia.
No entanto, o analista alerta para o fato de que mesmo com essa influência negativa sobre os negócios, os preços têm recuado gradativamente, tentando se manter ainda no patamar dos US$ 13 por bushel. "Essa queda pode ser momentânea e logo o mais o mercado volta a focar o quadro de oferta e demanda, o qual, provavelmente, na safra 2013/14, será novamente muito apertado e podemos ver a soja como um líder entre as commodities agrícolas numa tentativa de alta", explica.
Aos poucos, o mercado começa também a dividir suas atenções entre a finalização da safra americana e o início da nova temporada na América do Sul. Há uma previsão de aumento de área e produção para o Brasil, bem como para a Argentina e isso também atua como fator negativo para a formação dos preços. "Coincidindo a colheita nos EUA e o inócio do plantio na América do Sul é mais uma razão dessa pressão sazonal, segurando uma tentativa de recuperação dos preços focada no apertado quadro de oferta e demanda", acredita o analista.
Fonte: Notícias Agrícolas
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