Publicado em: 03/10/2013 às 10:10hs
Por volta das 7h50 (horário de Brasília), as posições mais negociadas registravam ganhos de 3,50 a 7,25 pontos, com altas mais expressivas nos vencimentos mais curtos.
O avanço dos preços se dá diante de preços mais atrativos trazendo os investidores de volta à ponta compradora do mercado. As recentes baixas fizeram com que o vencimento novembro, na última terça-feira (1), batesse no menor patamar em 19 meses na CBOT.
Além disso, segundo o analista de mercado Mario Mariano, da Novo Rumo Corretora, uma pesquisa feita por consultorias privadas internacionais têm mostrado que o índice de produtividade das lavouras norte-americanas de soja poderiam ficar abaixo do esperado, o que cria uma ligeira tendência de suporte para os preços. Ao mesmo tempo, estão previstas chuvas para o Meio-Oeste americano, as quais poderiam comprometer o bom andamento da colheita e atrasar a entrada da nova oferta no mercado.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira (2):
Soja fecha em alta com possível atraso na colheita dos EUA
O mercado internacional da soja fechou o dia em alta nesta quarta-feira (2). Os ganhos dos principais vencimentos ficaram em pouco mais de 5 pontos na sessão regular, com o mercado tentando se recuperar depois das últimas e intensas baixas registradas. O contrato setembro/13, referência para a safra dos EUA, encerrou o dia valendo US$ 12,73 por bushel.
O avanço das cotações foi justificado pela volta dos compradores ao mercado diante de preços mais atrativos. Na terça-feira (1), a posição de novembro atingiu o menor patamar em 19 meses, estimulando a busca por uma recuperação.
Outro fator de alta para as cotações são as previsões de chuvas para o Meio-oeste americano, as quais poderiam comprometer o avanço da colheita na principal região produtora de grãos dos Estados Unidos. São esperadas chuvas bastante significativas para estados-chave na produção como Iowa, Minnesota, Wisconsin e nas Dakotas do Sul e do Norte.
"Por essa razão, o movimento de compras passou a ser um pouco maior. É possível já enxergar com essa redução dos trabalhos de campo uma produtividade inferior ao que o USDA relatou em agosto", afirmou o analista de mercado Mario Mariano, da Novo Rumo Corretora.
Aguardando por números mais concretos da nova safra dos EUA, no entanto, os investidores esperavam pelo novo relatório de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgaria no próximo dia 11 de outubro. Porém, com o impasse entre o Congresso e o governo americanos, a divulgação desse boletim ainda é incerta e isso poderia tirar a direção dos preços.
No entanto, para Mariano, os serviços essenciais do departamento agrícola norte-americano devem ser mantidos e esse boletim deverá ser divulgado, mesmo que com um pequeno atraso. "O mercado começa a trabalhar com especulações, movendo alguma dúvida e essa dúvida já traz um ponto de interrogação se o mercado terá transparência e os números que o USDA divulga semanalmente sobre o desempenho da colheita e sobre as condições de lavoura. Esse foi um motivo que trouxe uma expectativa de compras para a realização de lucros por conta da falta de informações", diz.
Fonte: Notícias Agrícolas
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