Publicado em: 19/04/2024 às 19:30hs
De acordo com análise do analista de Safras & Mercado, Allan Maia, esse cenário é atribuído ao enfraquecimento do escoamento da carne, com perspectivas pouco otimistas para o curto prazo.
Maia destaca que a fragilidade nos preços do frango, um produto substituto, devido à oferta elevada, tem influenciado negativamente no consumo de carne suína. Além disso, a menor capitalização das famílias também contribui para a redução da demanda. Entretanto, ele ressalta que a valorização do dólar frente ao real pode beneficiar as exportações, tornando a carne suína brasileira mais competitiva no mercado internacional.
Diante da alta produção interna, o alto fluxo de exportações é crucial para equilibrar a disponibilidade de carne suína no país e influenciar na formação de preços.
Segundo levantamento de Safras & Mercado, o preço médio do quilo do suíno vivo no país teve uma queda de 2,97% na semana, chegando a R$ 5,81. Além disso, os preços dos cortes de pernil no atacado e da carcaça também registraram reduções significativas. Essas mudanças nos preços também foram observadas em diferentes regiões do Brasil.
Em abril, as exportações de carne suína "in natura" do Brasil totalizaram US$ 96,925 milhões, com uma média diária de US$ 9,692 milhões. Apesar dos números expressivos, houve uma queda em comparação com o mesmo período do ano anterior, refletindo uma diminuição no valor médio diário, na quantidade média diária e no preço médio por tonelada.
Esses dados, divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, ressaltam os desafios enfrentados pelo mercado de carne suína, tanto no âmbito interno quanto externo, e a necessidade de adaptação para garantir a sustentabilidade do setor.
Fonte: Portal do Agronegócio
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