Publicado em: 14/02/2013 às 15:10hs
Constatação é de representantes do setor produtivo, que têm pago R$ 130 por tonelada transportada do Médio-Norte mato-grossense até o terminal ferroviário de Alto Araguaia, de onde a carga segue via ferrovia até o porto de Paranaguá (PR) e Santos (SP).
Alteração nos custos é consequência de vários fatores, como a majoração do preço do óleo diesel, má conservação das rodovias durante o período chuvoso, manutenção dos veículos, crescimento da demanda com a colheita da soja e diminuição da produtividade dos condutores, desde a nova regulamentação da jornada de trabalho.
É o que explica o diretor-executivo do Sindicato das Empresas do Transporte de Carga no Estado de Mato Grosso (Sindmat), Gilvando Alves de Lima. Ele diz que cada transportadora está avaliando o impacto desses elementos nos custos, mas que o aumento médio é de 40% em comparação com o mesmo período do ano passado. “O consumo do diesel representa entre 45% e 50% do custo do frete do agronegócio”.
Lima reclama das condições do transporte rodoviário em Mato Grosso e, por ser o Estado o principal produtor nacional de alimentos, os investimentos em rodovias deveriam ser maiores. Resultado, acrescenta Lima, é que ninguém consegue produzir a contento e esses problemas se refletem em aumento de custos em vários setores. Para os produtores rurais, por exemplo, o recente reajuste no valor do frete já tem sido descontado diretamente nos contratos de venda da soja, explica o gerente da Cooperativa Agropecuária Terra Viva (Coavil), Anderson Oro. “Além disso, está faltando caminhão e com a soja molhada, o tempo de descarga é ainda maior, porque é preciso esperar o grão secar”.
Ele diz que em Sorriso, município sede da Coavil, alguns caminhões estão aguardando até 2 dias para entregar a soja no armazém. Até o mês de março, pico da safra no Estado, chegam a circular 12 mil caminhões nas rodovias.
Fonte: A Gazeta
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