Publicado em: 13/01/2012 às 16:40hs
Ontem, o produto voltou a sofrer (pela sétima vez nos primeiros doze dias de 2011) perda de cinco centavos. Assim, foi negociado por R$1,55/kg – o mesmo valor registrado entre o final de maio e o início de junho de 2011, ocasião em que o frango vivo registrou os mais baixos preços do ano que passou, forçando o setor (porque a produção se tornou onerosa) a buscar a readequação da oferta à demanda então registrada.
Analisando-se o gráfico abaixo (que mostra a evolução dos preços do frango vivo entre janeiro e dezembro de 2011 e os primeiros doze dias de 2012), não é preciso grande esforço para concluir que a situação atual tem os mesmos ingredientes daquela observada no primeiro semestre do ano passado. Apenas é mais grave.
Lá, o produto atingiu em março a cotação de R$2,10/kg (inesperada para aquele momento do ano) o que, sem dúvida, estimulou o aumento da produção e levou a uma derrubada dos preços. Então, a cotação recuou mais de 25% em menos de 90 dias.
Desta vez, o ápice de preços ocorreu na primeira quinzena de dezembro de 2011. Mas não foi isso que ocasionou a alta oferta atual e, sim, o esquecimento (descaso?) de que, passadas as Festas, o consumo cai drasticamente. E o que torna a situação do momento mais grave é o fato de, em não mais que três semanas, o preço já ter retrocedido praticamente 30%.
Naturalmente, agora que a porta foi arrombada, começa-se a providenciar a tranca. Aliás, como da vez anterior e em outras tantas vezes. Só que o processo de recuperação é demorado, não ocorre da noite para o dia. No ano passado, entre o fundo do poço (junho) e um novo pico de preços (agosto) passaram-se mais de 60 dias. Ou seja: nada se equilibra antes de março, espaço de tempo necessário para a redução de uma incubação e da criação de um lote de frangos. Mas então estaremos na Quaresma, época em que o consumo de carnes volta a ser recessivo. Como é que vai ser?
Fonte: AviSite
◄ Leia outras notícias