Análise de Mercado

Preço da carne reduz 5,8% em Mato Grosso

Depois de uma alta de 12,4% no último bimestre de 2012, o preço médio das carnes no varejo recuou 5,8% entre janeiro e fevereiro deste ano


Publicado em: 15/02/2013 às 12:40hs

Preço da carne reduz 5,8% em Mato Grosso

Conforme o Boletim Semanal da Bovinocultura do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a correção nos valores para alguns cortes foi ainda mais expressiva, como na maminha, que encareceu 41,9% entre novembro e dezembro do ano passado e retraiu 11,5% entre os 2 primeiros meses de 2013. Segundo o gestor do Imea, Daniel Latorraca, a tendência é que os preços sigam em queda com a maior oferta de boi para abate e, em contrapartida, com a redução no consumo em razão das despesas de início de ano.

A retração é decorrente da variação no preço médio dos 13 cortes de carne pesquisados pelo Imea, que baixaram de R$ 17,90 (kg) em janeiro, para R$ 16,80 em fevereiro. Para se ter uma ideia, nesse intervalo o quilo da maminha caiu de R$ 20,60 para R$ 18,20, a picanha de R$ 34,40 para R$ 30,10, e o acém de R$ 10,50 para R$ 9,60. No entanto, 2 cortes registraram aumento no período. O preço do músculo subiu 7%, saltando de R$ 9,80 para R$ 10,50, e a alcatra de 2,9%, elevando o preço do quilo de R$ 19,70 para R$ 20,30.

Latorraca explica que o preço no varejo vem acumulando altas desde o fim do ano passado, o que é natural no 2º semestre do ano quando há menos pasto e consequentemente menos gado para ser entregue. Como para a 2ª quinzena, a perspectiva da arroba é de queda, consolidando a oferta de boi junto com um “apetite” do mercado consumidor mais leve, devido ao orçamento apertado de início de ano, o gestor aponta que naturalmente o mercado de carne bovina tente a se esfriar e preço se estabilizar. Contudo, Latorraca frisa que o varejo tende a manter os preços se o consumo estiver aquecido.

Na Casa de Carne Mattozo a redução observada nos frigoríficos foi repassada para as carnes de 1ª e 2ª. Segundo Elvis Mattozo, responsável pelo setor administrativo, os estabelecimentos do setor que seguram os preços geralmente trabalham com produto “encaixado” (de caixa), que é mais caro. Segundo ele, os descontos e as promoções são possíveis porque a desossa da carne é feita no açougue, o que barateia o preço final dos cortes entre 10% a 15% ao consumidor. “Além de oferecer produto fresco, todo mês fazemos promoção de determinados cortes”. Como a carne não pode faltar na mesa, Osmar Francisco de Faria, 45, está sempre em busca do melhor preço e nisso a profissão ajuda.

O taxista aproveita os deslocamentos entre Cuiabá e Várzea Grande para fazer compras rápidas de produtos em promoção nos estabelecimentos espalhados pelas cidades. “Não faço compra mensal e não dá para ficar sem carne. Às vezes, só diminuo a quantidade”.

Surpresa com a notícia, Diana Fabíola Santos de Oliveira, 27, conta que não percebeu redução no preço da carne. “Pelo contrário, só tem aumentado”, diz a funcionária de serviços gerais. Nos últimos meses, tem sido cada vez mais difícil driblar o aumento na despesa com alimentação da família e a saída na casa de Diana tem sido a pesquisa de preço ou a substituição da carne vermelha pelo frango.

Fonte: A Gazeta

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