Publicado em: 10/09/2024 às 10:50hs
Os contratos futuros de açúcar abriram a semana em baixa nas bolsas internacionais, refletindo os impactos da quebra de safra no Brasil, maior produtor global da commodity. O país enfrenta uma combinação de seca severa e incêndios que têm afetado a produção.
Em uma nota divulgada ontem, o Bank of America destacou que "os preços de referência do açúcar bruto em Nova York devem permanecer firmes e possivelmente subir ainda mais, em razão da restrição no balanço global de oferta e demanda da commodity".
De acordo com os analistas do banco, a moagem de cana-de-açúcar no Brasil ficou abaixo das expectativas devido ao clima seco e aos incêndios florestais recentes, especialmente no estado de São Paulo. "Há também um risco para os volumes de moagem no ciclo 2025/26, devido a um possível período de entressafra ainda mais seco e aos danos causados pelos incêndios, especialmente nas áreas de renovação de cana", acrescentou o relatório.
O Bank of America estima um excedente global de açúcar de apenas 650 mil toneladas métricas nesta temporada, com uma relação estoque/uso de 54,1%. Isso deve manter os preços da commodity na bolsa de Nova York entre 21 e 22 centavos de dólar por libra-peso.
Nesta segunda-feira (9), o contrato de outubro/24 do açúcar bruto, negociado na ICE Futures, fechou em 18,83 centavos de dólar por libra-peso, uma queda de 8 pontos em relação à sessão anterior. O lote de março/25 também recuou, caindo 16 pontos e sendo negociado a 19,11 centavos de dólar por libra-peso. Os demais contratos tiveram variações entre 2 e 15 pontos de baixa.
Na ICE Futures Europe, em Londres, o açúcar branco também registrou quedas em todos os lotes. O contrato de outubro/24 foi comercializado a US$ 526,30 por tonelada, uma queda de US$ 6,70 em relação à última sexta-feira. O lote de dezembro/24 foi negociado a US$ 517,20 por tonelada, uma desvalorização de US$ 6,20. Os demais contratos recuaram entre US$ 2,40 e US$ 5,30.
No Brasil, o mercado interno registrou alta nos preços do açúcar cristal, de acordo com o Indicador Cepea/Esalq, da USP. As usinas negociaram a saca de 50 kg a R$ 137,06 na segunda-feira, um aumento de 0,29% em relação ao valor de R$ 136,67 registrado na sexta-feira anterior.
O etanol hidratado, por sua vez, segue em queda. Ontem, o Indicador Diário Paulínia registrou a sexta desvalorização consecutiva, com o metro cúbico negociado a R$ 2.579,00, uma queda de 0,50% em relação aos R$ 2.592,00 do fechamento de sexta-feira.
Fonte: Portal do Agronegócio
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