Publicado em: 12/05/2023 às 08:20hs
Os drones estão completamente inseridos nos mais variados setores da economia, apresentando novas abordagens e possibilidades de trabalho e reduzindo significativamente os custos na comparação com modelos tradicionais. E, apesar de ser uma tecnologia consolidada, ainda encontra muito espaço para avançar, seja com aplicações bastante difundidas, como mapeamento e inspeções, ou com aquelas prestes a escalar, como drone delivery e pulverização na agricultura.
Apesar do forte crescimento dos drones nos últimos anos, a tendência é de que esse mercado siga em expansão. A Drone Industry Insights, empresa especializada em pesquisas nesse setor, aponta que o mercado global de drones deva saltar de US$ 30,6 bilhões em 2022 para US$ 55,8 bilhões em 2030, seguindo uma taxa de crescimento anual de quase 8% no período.
Trazendo para a realidade brasileira, dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apontam que existem hoje mais de 52 mil registros de drones profissionais e cerca de 8,5 mil empresas em atividade ligadas a esses equipamentos. Só esses números mostram a pujança do setor e a grande capacidade que tem para movimentar a economia.
Estamos falando de um setor que gera milhares de empregos, especialmente na prestação de serviços, cada vez mais demandados. Não por acaso os drones se tornaram uma importante janela para o empreendedorismo, atendendo as necessidades do mercado de forma rápida e eficiente. Vale destacar também que empresas de grande porte já decidiram internalizar as operações com drones, capacitando profissionais e abrindo ainda mais oportunidades de carreira.
Parte de quem está empreendendo nesse setor está concentrada no desenvolvimento de novos produtos, não necessariamente dos drones em si ou da questão do voo, mas da tecnologia embarcada, responsável por expandir as possibilidades de aplicações. As câmeras apresentam qualidade de imagem cada vez maior, os sensores laser estão ainda mais precisos e a eficiência no espalhamento de sementes ou defensivos agrícolas segue aumentando.
E além dessas aplicações, continuam surgindo novas possibilidades. Os drones são os mesmos, mas o que eles carregam é o que faz a diferença. Eles podem, por exemplo, acoplar um sistema de água para realizar limpezas de fachadas de prédios, substituindo a ação humana direta e tornando essa operação mais segura e barata. O mesmo sistema pode ajudar também no combate a incêndios.
E os drones não substituem apenas os seres humanos, mas também outros equipamentos, como helicópteros. Em conjunto com a tarefa de realizar inspeções em linhas de transmissão, os drones são capazes de içar cabos, dependendo apenas de modificações nos aparelhos. As possibilidades dependem da tecnologia embarcada. E ela, aparentemente, não tem limites.
Muitas startups estão explorando esse mercado dos drones profissionais, inclusive no Brasil. Mais do que fabricar as aeronaves remotamente pilotadas - o que é importante e o ponto de partida -, elas estão concentradas nas soluções que esses equipamentos podem fornecer. E é exatamente dessas startups que sairão mais e mais aplicações com o drones.
Por essa razão, nos próximos anos vamos ver os drones realizarem tarefas que sequer poderíamos imaginar que eles seriam capazes de fazer. Não imaginávamos há alguns anos que um drone poderia pulverizar plantações, realizar entregas de encomendas, inspecionar linhas de transmissão ou combater incêndios. Então nos resta aguardar os próximos passos e acompanhar o que ainda os drones poderão fazer para ajudar empresas, governos e a sociedade como um todo.
Emerson Granemann é CEO da MundoGEO e idealizador da DroneShow, o principal evento de drones profissionais da América Latina.
Fonte: Grupo Virta
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