Análise de Mercado

Pequena reviravolta no mercado de açúcar

O açúcar conseguiu se recuperar e, finalmente, fechou a semana passada com uma alta de 89 pontos, depois de um longo período de baixas, um desempenho de 4,41% - número que não aparecia desde o início deste ano


Publicado em: 14/06/2012 às 12:50hs

Pequena reviravolta no mercado de açúcar

Houve um pequeno aumento da demanda física de açúcar. A China comprou 840 mil toneladas de açúcar do Brasil nos primeiros quatro meses do ano e a Tailândia vendeu 600 mil toneladas para os chineses em todo o semestre.

Para o gestor de riscos Arnaldo Luiz Corrêa, diretor da Archer Consulting, quem tivesse discutido no final de fevereiro sobre a trajetória do dólar, jamais teria pensado que a moeda americana fosse ultrapassar a marca de dois reais. "Esse foi certamente o maior erro de avaliação que o mercado teve, incluído o meu também. Dos 750 pontos de declínio desde a alta do final de fevereiro até os 19 centavos de dólar por libra-peso na semana passada, 300 pontos devem-se à moeda. Não fosse isso, o mercado teria alcançado a baixa de 22 centavos de dólar por libra-peso", comenta ele.

Em relação à produção, muitas especulações apresentaram números reduzidos da safra de cana do Centro-sul. No entanto, o consenso de todas estimativas realizadas no mercado apontam para algo entre 510 e 520 milhões de toneladas.

No mercado internacional, a Rússia acende o sinal amarelo para sua produção de açúcar, pois terá redução de aproximadamente 15% da sua área plantada de beterraba em razão da seca naquele país. Na Índia, a produção alcançou 25,5 milhões de toneladas de açúcar, entre outubro do ano passado e maio de 2012 - pouco abaixo do número esperado pelo mercado de 26 milhões.

"O que causa certo espanto na Índia, quando comparamos a evolução dos preços da soja no mercado internacional com a queda acentuada do açúcar, é a razão pela isso não vem influenciado a mudança de cultura dos produtores, o que já aconteceu no passado. O que os produtores de cana recebem não tem nenhuma relação com o preço que as usinas obtêm pelo açúcar. Para muitos, esse descompasso entre os valores pode causar atrasos e acúmulo nos pagamentos para os produtores, caso os preços do açúcar estejam em declínio. Mas são esses atrasos que fomentam a mudança de uma cultura para outra. Uma ressalva sobre esse país: o governo indiano estabelece qual o preço a ser pago pela cana-de-açúcar, o que faz com que ela seja a cultura mais rentável no momento", explica Arnaldo.

Fonte: Assessoria de Imprensa Archer Consulting

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