Conforme a própria FAO, houve um enfraquecimento dos preços internacionais da maioria das commodities que compõem o FFPI, pois enquanto de um lado, as perspectivas são de um abastecimento folgado de alimentos (a produção mundial de milho, por exemplo, deve atingir volumes recordes), de outro lado aumentaram as incertezas da economia mundial, o que também contribuiu para fortalecer o dólar e afetar os preços dos alimentos.

Em relação às carnes, especificamente, o Índice de Preços FAO ficou em 178,77 pontos, recuando cerca de um ponto percentual em relação a abril. Ressalve-se, aqui, que há um mês a FAO divulgou que o índice de abril para as carnes havia ficado em 182 pontos e atingido novo recorde. Porém, na informação mais recente, esse índice foi corrigido para 179,61.

Em maio – diz a FAO - os preços das carnes registraram comportamentos diversos, pois recuaram para a carne suína, aumentaram para a carne de frango e permaneceram estáveis para as carnes bovina e ovina. Mas não foram divulgados detalhes sobre o valor de cada carne no mês, apenas mencionando-se que na média dos cinco primeiros meses de 2012 as carnes valorizaram-se cerca de 2% em relação ao mesmo período do ano passado, o maior ganho sendo registrado pela carne bovina.

No gráfico abaixo, a evolução dos índices reais de preços das carnes e dos cereais (portanto, também dos grãos) e do índice geral de preços de alimentos no período decorrido entre maio de 2008 e maio de 2012. Notar, em relação às carnes, que mesmo não tendo repetido, ainda, os valores recordes atingidos na segunda metade de 2008, seu preço real em maio passado ficou 2,5% acima do preço obtido em maio daquele ano. Já o preço real dos cereais é 25% menor, enquanto o dos alimentos em geral recuou 15%.