Análise de Mercado

Índice CEAGESP registra queda de 4,59% em janeiro

A variação de preços no atacado dos principais produtos comercializados na CEAGESP apresentou retração de 4,59% em janeiro


Publicado em: 07/02/2012 às 19:10hs

Índice CEAGESP registra queda de 4,59% em janeiro

Com a baixa de 7,41%, o setor de Frutas, principal em representatividade na cesta de produtos balizado pelo Índice, foi o responsável por esta queda do indicador. “A diminuição do consumo em janeiro por causa das férias foi um dos motivos para esta retração. Outra razão é que a base de calculo de dezembro é muito elevada, normalmente os preços sobem no último mês do ano e caem em janeiro”, analisa o economista da CEAGESP, Flávio Godas. Nos últimos 12 meses a queda acumulada é de 9,1%.

As principais quedas no setor de Frutas foram do limão Taiti (-50,2%), mamão formosa (-29,8%), maçã gala (-29,4%) e as altas ficaram por conta da manga Tommy (40,5%), abacaxi pérola (36,9%) e do abacaxi Havaí (10,8%). Outro setor que também apresentou queda foi o Pescado que recuou 2,44%. As principais baixas foram lula (-30,7%), polvo (-26,2%) e camarão ferro (22,1%). Os aumentos dos preços foram do bagre água salgada (35,9%), da abroteia (31,1%) e da pescada (23,6%).

O setor com a maior elevação dos preços no mês foi o de Diversos (11,79%). “Batata e cebola estavam com valores muito próximos ao de custo e tiverem uma ligeira recuperação neste mês”, avalia Godas. As altas ficaram por conta da batata lisa (17,3%), da batata comum (15,2%) e da cebola nacional (9,68%). As principais quedas foram coco seco (-14,8%), do alho (-5,3%) e dos ovos brancos (-4,9%).

Contrariando as altas exorbitantes tradicionais no começo do ano por causa do excesso de chuvas e das altas temperaturas, os setores de Verduras (0,32%) e Legumes (1,60%) apresentaram elevações tímidas de preços. “Mesmo com o grande volume de chuvas registrado em janeiro, não houve elevações acentuadas nos preços das hortaliças. Desta forma, estes setores não influenciaram incisivamente o Índice CEAGESP em janeiro”, afirma Godas.

Coentro (20%), almeirão (17,1%) e brócolis (15,8%) foram as principais altas do setor de Verduras. As quedas foram do repolho (-7,9), do nabo (-4,4%) e da alface americana (-2,49%). Já no setor de Legumes, os aumentos dos preços foram da abobrinha brasileira (30%), da berinjela (29,4%) pepino comum (22,6%) e as baixas foram do pimentão amarelo (-53,5%) pimentão vermelho (-45,7%) e vagem (-24,5%).

Tendência

Durante os meses de fevereiro e março, entretanto, a perspectiva ainda é de alta incidência de chuvas aliadas, desta vez, a temperaturas mais elevadas. “Assim, são esperadas quedas acentuadas do volume ofertado, redução da qualidade e, consequentemente, majoração dos preços em níveis mais elevados em Verduras e Legumes. A partir de abril, no entanto, deve ocorrer à normalização do volume ofertado e a queda dos preços praticados nestes setores”, prevê Godas.

O setor de Frutas deve continuar com boas opções para o consumidor. Segundo o economista, “o aspecto sazonal, neste caso, é preponderante na composição dos preços. Os produtos em plena safra como citros, maracujá, melancia, figo, maçã, banana, mamão, entre outros, deverão fazer com o setor se mantenha com preços em patamares estáveis”.

Índice CEAGESP

Com o objetivo de traduzir melhor a situação do mercado, neste ano, o Índice CEAGESP passou por uma revisão e foram acrescentados mais produtos à cesta, que agora contabiliza150 itens.

Pêra, atemóia, abóboras, inhame, cará, maxixe, cogumelo, berinjela japonesa, hortelã, moyashi, orégano, ovos vermelhos, além das verduras hidropônicas como alfaces, agrião, rúcula, são os novos produtos acompanhados pelo Índice, pois tiveram entradas regulares durante todos os meses de 2011.

Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice CEAGESP é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgado mensalmente, os itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O ÍNDICE foi lançado em 2009 pela CEAGESP, que é referência nacional em abastecimento.

Fonte: Ceagesp

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