Análise de Mercado

Mercado Doméstico de Algodão Enfrenta Baixa Liquidez

Comercialização de pluma desacelera e preços caem durante a semana


Publicado em: 26/07/2024 às 20:00hs

Mercado Doméstico de Algodão Enfrenta Baixa Liquidez

A comercialização de algodão no mercado físico nacional perdeu força ao longo da última semana. De acordo com a Safras Consultoria, a demanda diminuiu, e algumas tradings operaram de forma pontual, com foco na safra 2025.

Na quinta-feira (25), o preço pago ao produtor na região de Rondonópolis (MT) foi de R$ 3,84 por libra-peso (equivalente a R$ 127,15 por arroba), uma queda de 1,90% em comparação com a quinta-feira anterior (18), quando a pluma era comercializada a R$ 3,92 por libra-peso (ou R$ 129,61 por arroba). A indústria doméstica também mostrou menor atividade durante a semana, possivelmente negociando para pagamento em 8 dias. O preço do algodão no CIF de São Paulo foi em média R$ 4,03/libra-peso, uma desvalorização de 1,71% em relação aos R$ 4,10/libra-peso da semana anterior.

Custeio da Safra 2024/25 – Aumento de Custos

Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo de produção da safra 2024/25 de algodão teve um aumento de 0,36% em relação à estimativa de maio de 2024, atingindo R$ 9.814,96 por hectare. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo crescimento de 2% nos custos com fertilizantes e corretivos, com os micronutrientes e macronutrientes subindo 3,14% e 1,98%, respectivamente.

Diante disso, a estimativa de Custo Operacional Efetivo (COE) para o ciclo 2024/25 também apresentou um acréscimo de 0,29%, alcançando R$ 13.306,56 por hectare. Para que os produtores cubram as despesas com o COE da temporada 2024/25, considerando uma produtividade de 120,94 arroba/hectare de pluma, é necessário que vendam sua fibra por pelo menos R$ 110,03/arroba, valor atualmente 19,65% inferior ao preço ponderado da comercialização do ciclo.

Com a volatilidade dos preços da fibra, é crucial que os produtores estejam atentos às melhores oportunidades de negociação. Essas informações são do Imea.

Fonte: Portal do Agronegócio

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