Análise de Mercado

Mercado da soja avança na bolsa de Chicago

No pregão eletrônico da Bolsa de Chicago, os contratos mais negociados subiam mais de 7 pontos. Milho e trigo também tinham pequenas altas


Publicado em: 25/09/2013 às 10:30hs

Mercado da soja avança na bolsa de Chicago

Com o sentimento de que as chuvas que foram registradas no Meio-Oeste dos EUA, principal região produtora do país, chegaram tarde demais, o mercado internacional da soja dá continuidade aos avanços de ontem e trabalham em campo positivo na manhã desta quarta-feira (25). No pregão eletrônico da Bolsa de Chicago, os contratos mais negociados subiam mais de 7 pontos. Milho e trigo também tinham pequenas altas.

Segundo analistas, os números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou na última segunda-feira (23) mostraram que o índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições se manteve em 50% em relação a semana anterior. No milho, as plantações de milho registraram uma pequena melhora.

Assim, as expectativas do mercado de que a nova safra de soja norte-americana seja menor do que as estimativas iniciais voltam a dar impulso às cotações na CBOT. No entanto, ainda há muita divergência entre as projeções. O percentual de área colhida ainda é baixo e por isso não há um consenso entre os analistas de como será a produtividade efetiva nessa temporada. Entre as consultorias privadas, há projeções de 84 a 88 milhões de toneladas.

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira (24):

CBOT: Soja tem sessão positiva e fecha o dia com leve alta

Em um movimento de correção técnica, o mercado internacional da soja fechou a sessão desta terça-feira (24) em alta na Bolsa de Chicago. Ao longo do dia, os principais vencimentos registraram ganhos de dois dígitos, porém, encerraram os negócios com altas de pouco mais de 4 pontos. O contrato novembro, referência para a safra dos EUA, fechou a US$ 13,12/bushel.

A reação do mercado veio após sessões consecutivas de queda, com o mercado recuando frente às chuvas que chegaram ao Meio-Oeste dos EUA, principal região produtora do país. Assim, os investidores apostavam em uma melhora nas condições das lavouras norte-americanas, o que não aconteceu. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), em seu último relatório de acompanhamento de safra, manteve seu índice de plantações em boas ou excelentes condições em 50%, mesmo número da semana anterior.

“O sentimento é de que as chuvas tenham vindo tarde demais na soja. Preferiria não considerar a alta de hoje como uma tendência, já que temos o início da colheita, cerca de 3% da área da oleaginosa já foi colhida até o momento. Nos últimos anos, o percentual era de 9%, há uma lentidão, mas a entrada física do produto no mercado impede uma recuperação nos preços no curto prazo”, afirma o consultor de mercado da Safras & Mercado, Flávio França.

Tanto para França quanto para Ênio Fernandes, consultor em agronegócio, as baixas que vêm sendo registradas pelo mercado são pontuais, dado o suporte que os preços deverão ter da expressiva demanda mundial pela oleaginosa frente a uma oferta ainda bastante ajustada vinda dos Estados Unidos. Entretanto, o mercado, aos poucos, vai dividindo sua atenção entre os resultados que chegam sobre a colheita dos EUA e o ínicio do cultivo da nova safra da América do Sul.

Ainda há muita divergência sobre o resultado final da nova safra norte-americana de soja. O percentual de área colhida ainda é baixo e por isso não há um consenso entre os analistas de como será a produtividade efetiva nessa temporada. Entre as consultorias privadas, há projeções de 84 a 88 milhões de toneladas.

“Tem gente dizendo que a safra não é tão ruim, mas um fator significativo é que as lavouras pararam de piorar e existe uma estabilidade daqui pra frente em termo de safra, pois o que tinha que perder já perdeu. E agora na colheita poderemos ter uma avaliação melhor, o que tinha que dar na safra dos EUA já deu, a menos que haja uma surpresa no próximo relatório do USDA”, disse França.

Fonte: Notícias Agrícolas

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