Análise de Mercado

INDICADORES AGROPECUÁRIOS

A agropecuária mineira acumulou bons resultados em 2011


Publicado em: 01/02/2012 às 14:30hs

INDICADORES AGROPECUÁRIOS
Renda e divisas em alta
 
A agropecuária mineira acumulou bons resultados em 2011. A renda do setor – medida pelo VBP (Valor Bruto da Produção) – cresceu 11,3%, atingindo R$ 41,5 bilhões. O IPR/MG (Índice de Preços Recebidos) pelos produtores rurais subiu 12,12%. Segundo o coordenador da Assessoria Técnica da FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), Pierre Vilela, a alta é reflexo, sobretudo, da valorização das commodities no mercado internacional.
 
Os cálculos feitos pela FAEMG levam em conta os números consolidados da agricultura e dados da pecuária até o terceiro trimestre do ano passado. Responsável por 26% do VBP, o café faturou R$ 10,8 bilhões. Este resultado reflete o aumento de 50% dos preços, consequência da queda de 14% da safra, tendo em vista a bianualidade negativa da cultura. O leite também teve peso significativo na alta do VBP: com 17% de participação, o produto registrou faturamento de R$ 7 bilhões. 
 
Por outro lado, o setor de carnes registrou resultado negativo no VBP 2011 em Minas. No caso da bovinocultura de corte, Pierre Vilela aponta como principal causa da queda a redução dos abates ocasionada pelo fechamento de frigoríficos no estado. Já a suinocultura se ressentiu do embargo russo à carne suína brasileira. Outro segmento que sofreu queda de preços, desta vez em função da elevação da oferta, foi a horticultura: as baixas mais expressivas foram as da batata, cebola e abacaxi. 
 
Balança comercial
 
Os bons resultados estenderam-se às exportações do agronegócio mineiro. As vendas externas renderam US$ 9,7 milhões, alta de 27,65% em relação a 2010. Já o volume embarcado caiu 8,84%, para 6,4 milhões de toneladas. Colaboraram para a alta da receita os preços de venda da soja (44%), café (41,6%) e carnes (10,52%). As importações também foram 13% maiores, somando US$ 382,9 mil. O resultado foi o crescimento de 28,33% do saldo comercial, totalizando cerca de US$ 9,3 milhões.
 
Para 2012, Pierre Vilela alerta que o produtor rural deve estar atento a dois fatores: a crise financeira europeia, que deve gerar incertezas no mercado e volatilidade das cotações das commodities; e o aumento dos custos de produção, decorrente da alta do dólar. A situação no primeiro semestre deverá ser ainda mais delicada, devido à concentração da comercialização das safras. “É preciso acompanhar cuidadosamente o mercado, para tomar as medidas necessárias no momento oportuno.”

Fonte: Assessoria de Comunicação do SISTEMA FAEMG

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