Análise de Mercado

Índia: Nova fronteira para o feijão brasileiro

Especialista destaca oportunidades e desafios no mercado de leguminosas indiano


Publicado em: 19/04/2024 às 17:00hs

Índia: Nova fronteira para o feijão brasileiro

G. Chandrashekhar, renomado economista e especialista global em agronegócios e mercados de commodities da Índia, destaca o potencial do mercado indiano para o feijão brasileiro, conhecido como leguminosas ou "Dal" na culinária tradicional indiana.

Ao longo das últimas décadas, a Índia tem importado leguminosas para atender à crescente demanda interna, com volumes variáveis devido à produção nacional e mudanças na política comercial. O país registrou seu maior volume de importação, 6,6 milhões de toneladas, em 2016-17, mas observou-se uma redução desde então, devido ao aumento da produção interna e intervenções governamentais.

No entanto, desafios climáticos recentes têm afetado a produção agrícola indiana, incluindo as leguminosas. Em resposta, o governo indiano liberalizou parcialmente a importação de leguminosas, permitindo a importação de algumas variedades até março de 2025.

O Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (IBRAFE) tem buscado explorar essas oportunidades no mercado indiano. Chandrashekhar elogia o progresso da entidade nos últimos anos e destaca o potencial ainda maior a ser explorado. Ele sugere que o Brasil busque maximizar as exportações de feijão, incluindo variedades como feijão de olho preto, feijão de olho marrom e feijão-caupi, que não enfrentam restrições de importação na Índia. Além disso, destaca a importância de adaptar o feijão carioca às preferências culinárias e aceitação dos consumidores indianos.

Uma estratégia sugerida é o estabelecimento de marcas brasileiras de leguminosas nos pontos de venda varejistas na Índia, visando também consumidores institucionais, como restaurantes de alta gastronomia e serviços de catering. Essas iniciativas podem abrir novos horizontes para o feijão brasileiro em um mercado diversificado e em expansão como o indiano.

Fonte: Portal do Agronegócio

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