Publicado em: 26/11/2024 às 17:30hs
Um estudo da Serasa Experian revelou que apenas 6,2% da população rural no Sudeste estava inadimplente no segundo trimestre de 2024, representando um aumento de 0,4 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior. Minas Gerais destacou-se como o estado com o menor índice de inadimplência entre os proprietários rurais da região.
Entre os diferentes portes de propriedades rurais no Sudeste, os médios proprietários apresentaram o menor índice de inadimplência, com 5,5%. Pequenos proprietários tiveram 5,6%, enquanto os grandes registraram 7,3%. Já aqueles sem registro de cadastro rural, como arrendatários e participantes de grupos econômicos ou familiares, tiveram o maior percentual, com 9,6%.
Comparação regional: Sul lidera com menor inadimplência
Em termos de inadimplência rural, a região Sul destacou-se com o menor percentual entre todas as regiões brasileiras no mesmo período. Em ordem crescente, apareceram o Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e, por último, o Norte.
No panorama nacional, 7,4% da população rural estava inadimplente no segundo trimestre de 2024, um aumento de apenas 0,3 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre. Segundo Marcelo Pimenta, head de agronegócio da Serasa Experian, o cenário é positivo, considerando os desafios enfrentados pelo setor. “Mesmo com as dificuldades para acesso a crédito, rolagem de dívidas e fatores climáticos que impactaram o campo, a maioria dos proprietários rurais conseguiu manter seus compromissos financeiros em dia”, afirmou.
Em nível nacional, os grandes proprietários registraram a maior taxa de inadimplência, com 9,8%. Em seguida, vieram os proprietários sem cadastro rural (9,3%), médios (6,9%) e pequenos (6,6%).
O estudo também apontou que a inadimplência diminui conforme aumenta a idade dos proprietários rurais. Entre aqueles com 50 a 59 anos, 7,2% estavam inadimplentes. Esse percentual cai progressivamente em faixas etárias mais altas.
A análise por setores de dívida mostrou que as “Instituições Financeiras” concentraram a maior fatia de inadimplentes, com 6,5%. Por outro lado, os setores diretamente ligados ao agronegócio, como agroindústrias e comércio de insumos, apresentaram percentuais quase insignificantes de inadimplência: 0,1% no “Setor Agro” e 0,2% em “Outros Setores Relacionados”.
Segundo Marcelo Pimenta, os números reforçam um quadro otimista para o setor agro. “Se no geral apenas 7,3% dos proprietários rurais estão inadimplentes, nesse recorte, o percentual é praticamente inexistente.”
O levantamento considerou apenas dívidas vencidas há mais de 180 dias e até 5 anos, com valores acima de R$ 1.000,00, relacionadas a financiamentos e atividades do agronegócio, como instituições financeiras, agroindústrias, produção e revenda de insumos e máquinas agrícolas, transporte e armazenamento.
Fonte: Portal do Agronegócio
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