Publicado em: 17/03/2025 às 18:00hs
A moagem de cana-de-açúcar no centro-sul do Brasil para a safra 2025/26 está projetada em 630 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 1,68% em relação à safra anterior, conforme levantamento divulgado nesta quarta-feira pela Hedgepoint Global Markets. A estimativa de moagem foi mantida em comparação à previsão de fevereiro, mas a empresa, especializada em gestão de risco e execução de hedge para mercados agrícolas, agora espera uma safra de 2024/25 um pouco maior.
Carlos Murilo Mello, chefe do setor de açúcar para as Américas da Hedgepoint, destacou que, apesar da seca ocorrida em fevereiro, as condições de desenvolvimento da safra foram, em geral, favoráveis. A melhoria na umidade do solo, no Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) e nas temperaturas proporciona uma perspectiva otimista para a safra 2025/26. No entanto, Mello apontou que, apesar do crescimento esperado, a colheita deverá iniciar de forma mais lenta, devido aos efeitos da seca e aos incêndios registrados em 2024.
A produção de açúcar no centro-sul, a principal região produtora do mundo, foi estimada em 43,3 milhões de toneladas para a safra 2025/26, um aumento em relação aos 39,96 milhões previstos para a safra 2024/25. A Hedgepoint manteve sua projeção de produção de açúcar para a nova safra inalterada em relação à previsão de fevereiro, apresentando esses números durante evento promovido pela consultoria Datagro.
Em relação ao etanol, a produção total de biocombustível para a safra 2025/26 foi estimada em 34,64 bilhões de litros, ligeiramente abaixo dos 34,73 bilhões de litros projetados para a safra 2024/25. Mello afirmou que a maior disponibilidade de matéria-prima, somada à expansão esperada do etanol de milho, resultará em estoques de biocombustível confortáveis para a safra 2025/26.
Além disso, a Hedgepoint acredita que essa oferta de etanol será adequada, mesmo com a possibilidade de aumento da mistura de etanol anidro na gasolina para 30%, a partir de junho. Apesar de um cenário econômico desafiador, o relatório da consultoria indica que a demanda por energia, incluindo os combustíveis ciclo Otto, etanol e gasolina, deverá crescer cerca de 2% em 2025.
Fonte: Portal do Agronegócio
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