Publicado em: 06/03/2025 às 10:30hs
O mercado agrícola iniciou o dia com tendências mistas, impulsionado por uma recuperação técnica, mas ainda marcado pela incerteza em relação às tarifas comerciais e outros fatores externos. Segundo informações da TF Agroeconômica, os preços das commodities agrícolas oscilaram na Bolsa de Chicago (CBOT), refletindo o cenário global.
A soja registrou alta de $9,25, sendo cotada a $1.021,00 por bushel. O movimento de valorização decorre de uma recuperação técnica, mas a colheita no Brasil e as chuvas na Argentina exercem pressão baixista sobre os preços. Além disso, a desvalorização do real favorece o mercado internacional, ao tornar o produto brasileiro mais competitivo, mas pode limitar as exportações do país.
“O fato positivo para a CBOT, mas negativo para o Brasil, é justamente a desvalorização do real, que freia as exportações brasileiras, que começam a dominar o mercado”, observa a TF Agroeconômica.
O milho também apresentou leve valorização na CBOT, avançando $3,25 e fechando a $459,00 por bushel. A alta reflete ajustes técnicos, mas as perspectivas de expansão da área de plantio e da produção nos Estados Unidos podem pressionar os preços no médio prazo. Além disso, caso as tarifas comerciais sejam efetivadas, as exportações americanas podem ser prejudicadas, aumentando a oferta interna e acentuando essa tendência de queda.
“Se as tarifas forem implementadas como anunciado, a situação pode se agravar, pois colocaria em risco as exportações dos EUA e aumentaria a disponibilidade interna”, destaca a análise.
O trigo, por sua vez, subiu $3,50 na CBOT, encerrando o pregão a $551,75 por bushel. O movimento de alta foi impulsionado pela desvalorização do dólar e pela queda nas exportações russas, que atingiram o menor patamar dos últimos cinco anos. No entanto, as incertezas sobre as tarifas comerciais seguem limitando um avanço mais expressivo nos preços.
“As exportações russas registraram o nível mais baixo em cinco anos, o que é um fator positivo para o mercado. No entanto, a incerteza quanto às tarifas comerciais continua dificultando uma recuperação mais robusta nos preços”, conclui a análise.
Fonte: Portal do Agronegócio
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